O advogado Ademar Canabrava Júnior, que defende Ronaldo Lages, afirmou que não houve dolo eventual, como concluiu o delegado responsável pelo inquérito da morte de Joysa Barros, 30 anos. Para o advogado, o caso trata-se de culpa inconsciente, já que o ex-prefeito de Nossa Senhora dos Remédios não teve a intenção de matar.

"Respeitamos a decisão do delegado, mas não concordamos. Ele não teve a intenção de que o acidente ocorresse. Existe uma diferença entre dolo eventual e culpa inconsciente. Já ficou provado que ele não havia ingerido bebida alcoólica. Quando ele desceu do carro aparentava estar sóbrio", argumentou o advogado.

O ex-prefeito e policial civil Ronaldo Lages é acusado de ter provocado o acidente por ter invadido a preferencial em alta velocidade. Segundo os laudos apresentados no inquérito, ele trafegava entre 77 e 79 km/h, quase o dobro do permitido na via.

Além de homicídio doloso, Ronaldo está sendo acusado também de lesão corporal, já que o namorado de Joysa ficou ferido. A defesa contesta. "O acidente poderia ter ferido também o Ronaldo. Isso quer dizer que, claro, ele não desejou isso. Vamos aguardar o posicionamento do Ministério Público. Após a denúncia, tomaremos as providências cabíveis", disse Canabrava.

Ronaldo responderá o processo em liberdade, uma vez que possui residência e emprego fixos e também porque não houve pedido de prisão no inquérito.