O advogado Roger Gurgel, que representa a família de Ademyston Rodrigues, afirmou que as declarações de Robert Rios de que a bala que matou o gerente do Banco do Brasil de Miguel Alves partiu da polícia não o surpreendeu. Gurgel acrescentou que há possibilidade de os familiares entrarem com processo contra o Estado.

"Não havíamos nos manifestado para não atrapalhar, mas tudo indicava isso. Sabemos que nada o trará de volta. A grande perda foi a vida dele. Hoje temos uma senhora jovem e viúva e três filhos, inclusive um de quatro meses, órfãos de pai", destacou o advogado.

Roger Gurgel explicou que o inquérito ainda não foi finalizado, por isso a família ainda não tomou nenhuma atitude. "Claro que ventila-se a possibilidade de processar o Estado, mas preciso conversar melhor com a família sobre isso, porque o inquérito ainda não foi concluído", completou.

Após a morte de Ademyston, a Secretaria de Segurança Pública abriu inquérito paralelo para investigar as circunstâncias da morte do gerente. Segundo o secretário, a vítima estava no banco da frente do veículo quando foi alvejada. O inquérito foi prorrogado porque foram necessários exames feitos em outros Estados, que ainda não enviaram os resultados.