O advogado Emílio Castro, que representa o médico Marcelo Martins de Moura, acusado de ter provocado o acidente que causou a morte de cinco pessoas na estrada de Campo Maior (78 km de Teresina), entrará com novo pedido de Habeas Corpus e afirmou que seu cliente "cochilou ao volante". 

"O Dr. Marcelo estava em Campo Maior e vinha por volta das 4h. Na Volta do Capote ele cochilou e perdeu o controle do carro. Ele ficou 24h sem falar, ainda em choque. Hoje já conseguimos falar com ele, mas ele ainda está muito triste, chora muito", contou o advogado.

O novo pedido de Habeas Corpus será impetrado na cidade de Altos (37 km de Teresina). "Vamos tentar novo pedido junto ao juiz da comarca de Altos porque o acidente aconteceu mais perto de lá do que de Teresina", explicou.

Em entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (11), o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Tony Carlos, explicou que o médico responderá por três crimes. "Ele responderá pelo homicídio de cinco pessoas, por não prestar socorro e por não se identificar aos policiais".

Segundo o inspetor, o acusado provocou o acidente por seguir com seu veículo na contramão em faixa contínua, o que é proibido. "Depois do acidente, ele saiu do carro e foi caminhando pela rodovia com o irmão. Mais na frente ele pediu carona e fugiu em outro carro. Quando ele foi parado por policiais da PRF, disse que não era o condutor e que não tinha visto o acidente", contou Tony Carlos.

Os policiais teriam confirmado que o médico era o condutor da Hilux através do nome na carteira de motorista. "O documento da Hilux estava no nome do médico, e mesmo assim ele continuou negando que se envolveu no acidente. Além disso encontramos sangue na camisa dele e alguns arranhões. Depois de um tempo, o que ele disse foi 'eu apaguei', e nada mais", completou o inspetor.