O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos do Piauí decidirá em assembleia marcada para a próxima terça (26) se entra em greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica a convocação de 50 agentes aprovados no concurso realizado em 2009, além melhorias nas condições de trabalho, conclusão das obras de reforma e construção de novos presídios, além de uma proposta de reajuste salarial.

De acordo com o presidente do sindicato, Vilobaldo Carvalho, os agentes estão sobrecarregados de trabalho por conta da superlotação nos presídios e trabalham em condições insalubres, como é o caso do Hospital Penitenciário. "Os agentes lotados no hospital penitenciário não têm um mínimo de condições de trabalho. Faltam equipamentos básicos. Faltam seringas, luvas. Os agentes constantemente precisam deslocar presos para serem atendidos em hospitais de bairros porque lá no Hospital Penitenciário não há condições de atendimento", afirma Vilobaldo.

Um outro ponto questionado pela entidade é a paralisação nas obras de reforma e construção de novas unidades prisionais no Estado. "O argumento do governo para não convocar os novos agentes é que os concursados são para a unidade de Campo Maior e a obra não foi feita. Mas esse é outro problema que estamos reivindicando porque a obra de Campo Maior está parada há três anos, já deveria estar há dois anos funcionando. Discutimos reiteradas vezes e reclamamos falta de condições mínimas. Ano passado a secretaria recebeu R$ 1,5 milhão para aquisição de equipamentos bélicos e de proteção individual. São armas, algemas, coletes e até agora não chegou nada", explica.

O sindicato afirma também que enviou ofício no início de janeiro propondo uma negociação para o pagamento de reajuste salarial de forma parcelada, como vem acontecendo com outras categorias. Porém, até o momento, o governo ainda não sinalizou com a possibilidade de acordo.

Leilane Nunes