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Sindicato dos delegados alerta para coletes vencidos no Piauí

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A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Piauí, Andrea Magalhães, comentou hoje (16) o assassinato da escrivã piauiense Loane Magalhães da Silva Thé, ocorrido ontem, dentro da Delegacia da Mulher de Caxias (MA). Andrea fez ainda um alerta sobre o risco que os policiais piauienses estão correndo. Os coletes a prova de bala estão vencidos há um ano.

A delegada afirma que o crime contra a escrivã piauiense serve como alerta para os perigos a que os agentes, delegados e escrivães correm diariamente dentro do ambiente das delegacias. Ela cita o caso da Central de Flagrantes de Teresina, que vem sendo denunciado há algum tempo pelo sindicato. 

Reprodução/TV Cidade Verde

"A nossa atividade é de risco, tem muitos intercalços e situações que costumam acontecer. A gente precisa redobrar os cuidados e por isso eu coloco a situação da Central de Flagrantes como exemplo porque lá é onde o local onde explodem os crimes. Todo cuidado é necessário e ainda é pouco. A gente não pode até mesmo delimitar que o cidadão não seja capaz disso. Qualquer ser humano é capaz de praticar qualquer tipo de crime. Que sirva de lição porque a gente não pode subestimar isso. Quando estava ainda no 1º DP eu pedi que algemassem um preso e o policial disse que ele não era capaz de esboçar reação. Mas ele conseguiu abrir a algema e fugir", contou Andrea. 

A presidente do sindicato afirmou ainda que a Gerência de Armas e Munição da Secretaria de Segurança já foi alertada para o problema dos coletes, que estão vencidos há um ano. "Está me preocupando muito não termos coletes a prova de bala. Nossos coletes estão vencidos há um ano. Já entrei em contato com a Gerência de Armas e Munição. Se acontecer alguma coisa, quem vai se responsabilizar é o Estado. Precisamos de detectores de metais porque em algumas delegacias não tem policiais femininas", acrescentou.

Também foi colocado pela delegada a importância da Academia de Polícia ofertar cursos constantes de tiro e defesa pessoal aos policiais e não somente no ingresso à carreira policial.

"Não basta treinar somente quando o policial vai entrar na profissão. Tem que ser treinamento constante. Essa situação do colete é um absurdo. Antes do vencimento era para ter feito planejamento para não permitir isso. Um ano depois já é muito tempo. Lamentamos profundamente a morte de uma moça tão joovem, de um futuro tão grande pela frente", finalizou.

Leilane Nunes
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