Após morte de mais uma pessoa por raiva, o analista do Ibama, Fabiano Pessoa, alerta que existem cerca de 150 doenças que os animais podem transmitir para os humanos. Por isso, ele pede para que as pessoas não criem animais silvestres como se fossem domésticos. 

“De zoonoses só se conhece raiva e calazar, mas existem mais de 150 doenças sejam transmitidas por animais domésticos, como cães e gatos ou animais silvestres, principalmente papagaios e periquitos. O quadro clínico de cães e gatos é mais conhecido pelos veterinários, mas dos silvestres não se conhecem muito, principalmente os vírus e bactérias transmitidos por aves, por exemplo”, destacou o analista. 

Uma dessas doenças, afirma Fabiano Pessoa, é uma bactéria que está presente nas fezes de aves e somente com a inalação pode provocar pneumonia, febre e deixar a pessoa bastante debilitada, levando a internação. 

“Por isso é importante que as pessoas se conscientizem que não devem criar esses animais, eles são importantes para a natureza e devem permanecer livres, até porque são eles que levam os polens das árvores para se reproduzirem”, argumenta o ambientalista. 

Ele avisa que a lei de crimes ambientais defende a entrega voluntária. “Quem quiser entregar esses animais de forma voluntária, porque não conheciam a legislação ou por outro motivo é só ligar para o Ibama, Companhia Ambiental que não sofrerá punição”, afirmou. 

Porém se for flagrado mantendo em cativeiro animais silvestres como: aves, papagaios, macacos, saguis dentre outros, podem ser punidos dentro da lei. 

Funcionários do Ibama divulgaram cartilhas e gibis que conscientizam as pessoas sobre o tráfico de animais silvestres e porque eles devem permanecer soltos.  De forma didática explica os principais crimes que são cometidos com essa prática. 

Caroline Oliveira