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Após hemorragia, mulher grávida morre e IML constata doença rara

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Atualizada às 18h31
O exame do Instituto Médico Legal (IML) atestou que uma doença rara provocou a morte de Maria do Carmo Silva, 32 anos. Grávida de seis meses, ela chegou a ser levada para o IML por suspeitas de que a morte não teria sido natural. 


Maria do Carmo faleceu de Síndrome de Hellp, possivelmente provocada por uma pré-eclâmpsia sofrida por ela no parto anterior - ela era mãe de três meninas. A doença incomum provoca hemorragia, sintoma detectado durante tentativa de salvar a paciente no hospital do Promorar. A hemorragia no fígado se expandiu para outras áreas do corpo.

"Ela não fez o pré-natal e a Síndrome de Hellp é rara. acontece quando a mulher não se prepara com o pré-natal. o sangramento é espontâneo e atinge o fígado", disse a delegada Vilma Alves.


Postada às 16h12
O corpo de uma mulher grávida de seis meses deu entrada na manhã desta segunda-feira (24) no Instituto Médico Legal de Teresina (PI). Ela apresentou uma hemorragia suspeita no hospital. A polícia investiga o caso. 

Irmão de Maria do Carmo não sabia que ela estava grávida

A vítima foi identificada como Maria do Carmo Silva, 32 anos. Segundo o irmão da gestante, Antônio Manoel da Rocha, ela teria sido levada ao hospital do bairro Promorar, zona Sul, por seu esposo e um vizinho, queixando-se de dores abdominais. Ela foi atendida por volta de 23h30 do domingo. 

"Eu não sabia que a minha irmã estava grávida. Apesar de morarmos no mesmo terreno, ela não havia me contado nada. Durante a madrugada de ontem, ela passou por uma cesariana de urgência e os médicos nos informaram que ela estava com uma hemorragia interna. Infelizmente, não conseguiram salvar nem ela e nem o bebê", conta o irmão.

Antônio Manoel não soube precisar o que teria ocasionado essa hemorragia. O resultado só deverá sair com o laudo do IML.

Gilson, marido da gestante, conversou com a TV Cidade Verde, mas não gravou entrevista. Ele afirmou que Maria do Carmo era hipertensa e não estava satisfeita com a gravidez. Além disso, já tinha pedido para ela fazer o pré-natal, mas a esposa teria se recusado. 

A TV Cidade Verde foi até a casa de Maria do Carmo. Parentes e vizinhos não quiseram comentar o assunto.

Este seria o quarto filho de Maria do Carmo, que deixa órfãs três meninas.

Arquivo/Cidadeverde.com

Corpo no IML
A dúvida a respeito da morte da gestante surge por um motivo: corpos só são levados ao IML quando não são casos de morte natural. 

No hospital do Promorar, a produção da TV Cidade Verde obteve a informação de que um médico suspeitou que a hemorragia possa ter sido provocada por espancamento. A assistente social de plantão cuidou do caso e não foi localizada pela reportagem. 

 

O capitão Ciriano, da companhia independente da PM no Promorar, acompanhou o caso e conversou com o marido da gestante. "Nós não encontramos, pelo menos a olho nu, os indícios de agressão que pudessem coadunar com a morte dela", declarou ao Cidadeverde.com.

Procurada pelo Cidadeverde.com, Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher do Centro de Teresina, informou que está reunindo informações sobre o caso. 

Indira Gomes (TV Cidade Verde)
Cida Cardoso (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
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