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Apesar de novo reajuste, Petrobras continua com os preços defasados

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A Petrobras anunciou ajuste inesperado nos preços do diesel vendido às refinarias, o que foi bem recebido pelos investidores. Mas, mesmo sendo o segundo aumento em menos de um mês, a petrolífera ainda possui preços fortemente defasados sobre o mercado internacional.


"Mesmo com esses dois aumentos no último mês, nós estimamos que o gap do preço doméstico do diesel para o benchmark internacional continua alto, em 15%", escrevem em relatório Marcus Sequeira e Luiz Fonseca, analistas do Deutsche Bank. O mesmo percentual vale para a gasolina, alertam. 

O nível de defasagem não é consenso entre analistas, mas parece haver um acordo de que novos aumentos são necessários. Também em relatório, a equipe da XP Investimentos diz que a diferença de preços na gasolina continua acima de 11% e, para o diesel, em mais de 10%.

Portanto, a companhia continuará a mostrar números negativos no segmento de refino, alertam Sequeira e Fonseca. Apesar disso, esse reajuste deve impactar a estimativa de Ebitda (geração operacional de caixa) do Deutsche em 1,5%, assim como o lucro por ação deverá sofrer um aumento de 2,5% sobre as perspectivas anteriores.

Aumento de preço ou queda de commodities
No primeiro trimestre deste ano o setor de abastecimento mostrou perdas de R$ 4,6 bilhões, muito acima do resultado negativo de R$ 94 milhões no mesmo período de 2011.

Na época, a empresa justificou esse desempenho pelos maiores custos com aquisição e transferência de petróleo e importação de derivados, o que refletiu a elevação dos preços no mercado internacional, a maior participação de derivados importados e a depreciação cambial.

Assim, para os analistas do Deutsche Bank, essa trajetória só será revertida se houver novos aumentos nos preços ou se os preços das commodities e do câmbio se alterarem.

Fonte: Info Money
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