Terminado o jogo entre Flamengo (PI) e Santos (SP) pela Copa do Brasil, o presidente da Federação de Futebol do Piauí (FFP), Cesarino Oliveira, revelou que o estádio Albertão sofreu outro pedido de interdição às 20h desta quarta-feira (10), o segundo requisitado pelo Ministério Público no dia do confronto em Teresina. Com o evento sem incidentes, o dirigente desabafou de forma discreta.

Sem mencionar representantes do Ministério Público, Cesarino Oliveira questionou, ainda que indiretamente, a ausência dos mesmos no evento para verificar as condições reclamadas. "Nesse dia é que a gente queria que algumas autoridades viessem e vissem como ficaram as pessoas com deficiência que ali estavam. Todos alegres, torcendo, felizes, até pelo resultado do jogo."

No início da tarde, as promotoras Marlúcia Evaristo e Leida Diniz ingressaram com pedido de liminar para interditar o Albertão. Entre os argumentos estava o laudo dos bombeiros rejeitando a liberação do estádio, que foi concedida pelo comandante da corporação, e a ausência de documentos que atestassem melhorias para a acessibilidade, reclamadas desde 2009.

A liminar foi indeferida pelo juiz Reinaldo Dantas. Porém, duas horas antes do jogo, foi impetrado um mandado de segurança, desta vez negado pelo desembargador Raimundo Eufrásio. 

O laudo liberando o estádio só saiu no final de março e boa parte das intervenções, como saídas de emergência e outros itens, foram realizadas somente dias antes do jogo e em tempo recorde. Porém, o estádio continuará a passar por reparos para suprir exigências legais, inclusive a construção de uma rampa definitiva para cadeirantes - um entrevistado pelo Cidadeverde.com reclamou antes do jogo e disse preferir o elevador.

Cesarino Oliveira confirmou que a FFP vai trabalhar para a realização do clássico entre River e Flamengo, pelo Campeonato Piauiense, no estádio Albertão. O jogo está marcado para 21 de abril.