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Após série de mortes, moradores pensam em abandonar Promorar

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Após uma série de homicídios ocorridos nas vilas no entorno do bairro Promorar, os moradores da região estão pensando em se mudarem até mesmo para outros municípios. 

Segundo os moradores, a série de assassinatos seria fruto de brigas de gangues de vilas rivais que provocam tiroteios à noite. 

Uma moradora, que não quis se identificar, da rua cinco, denominada Francisca Claudino, na Vila Carolina, via na qual um garoto de seis anos foi morto na noite de ontem, por engano, já está com a viagem comprada para sair do bairro.

“Somos uns dos primeiros moradores que chegou aqui, antigamente conseguíamos ficar na porta de casa até de madrugada e não acontecia nada. Agora se estamos do lado de fora com as crianças, os malas passam atirando para todos os lados. Às vezes ainda tem aquele que avisa mandando a gente entrar em casa, os outros nem isso”, descreve a dona de casa, que afirma que os tiroteios acontecem a partir das 19 horas. 

Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
José da Silva diz que região ficou muito violenta

O aposentado José da Silva Moraes, avô de Roniel que foi morto com dois tiros há um mês, quer vender sua casa porque não aguenta a onde de violência. “O que matou a criança foi o mesmo que atirou no meu neto. Ele já confessou. O problema é que as leis dificultam que os menores fiquem presos. Os maiores colocam um menor na garupa e saem matando, porque sabem que não vai acontecer com eles”, destaca o aposentado que quer leis mais rígidas. 

Carro baleado em uma das ruas durante tiroteio

Ele completa: “Deus me livre de ficar aqui. Não tenho condições de ficar. Cheguei aqui quando tudo era um sabiazal (mata espinhosa) e agora está assim!”.



Polícia 
O capitão Flavio Santos, comandante da Companhia do Promorar, disse que já havia reforçado e vai intensificar ainda mais o policiamento da região. Eles conseguiram prender os suspeitos da morte da criança ainda em flagrante. 


“Quando fomos comunicados do crime, pedimos reforço para realizar as abordagens e localizamos os suspeitos. Francisco das Chagas Machado Sobrinho foi encontrado no trabalho e o J.A. dos S.C. em casa. Eles pensaram que iriam ter o álibi, pois quando chegamos disseram que não tinham saído desses locais, mas conduzimos para a Central e uma testemunha os identificou como os autores”, afirmou capitão Flavio Santos. 

De acordo com o oficial da PM, uma dificuldade que eles encontram é o fato dos pais dos adolescentes acusados de infrações, sempre defenderem os filhos. “O J.A. dos S.C. é acusado de um crime há quatro meses e já estava solto, os pais ao invés de denunciarem para o bem dos próprios filhos, querem é protegê-los de qualquer forma”. 

J. A. dos S. C. é acusado de dois homicídios e Francisco não tinha passagem pela polícia.

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Flash de Carlos Lustosa 
Redação Caroline Oliveira
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