Durou mais de dez horas a audiência para ouvir as testemunhas e acusados da morte do ex-prefeito de Redenção do Gurgueia, Joaquim Fonseca. Desde 10h da manhã, mais de duzentas pessoas ficaram nos corredores do fórum do município, distante 691 quilômetros de Teresina. Dois acusados de executarem o político em abril 1991 foram ouvidos em acareação. 

A audiência começou com meia hora de atraso em função da ausência de testemunhas. O juiz Jucelino Norberto da Silva Neto pediu que as mesmas fossem localizadas, sendo duas encontradas e outra ausente com alegação de problemas de saúde. Ao longo do dia, várias testemunhas foram dispensadas, e não houve pausa para almoço.

Acusado de ser mandante do crime, Dilson Fernandes enviou atestado médico de uma clínica por fax, alegando ter de se submeter a um cateterismo. O juiz determinou que sua audiência acontecerá no dia 28 de maio, e o processo deve ser desmembrado, com julgamento separado dos demais. Ele é esposo de Eunice Macedo, na época vice-prefeita que assumiu o cargo com a morte de Joaquim Fonseca. 

Outro que apresentou atestado médico foi Gabriel Soares Mendes, que enviou seus advogados. 

Já outro acusado, identificado como Termosires, foi excluído por não ter condições de saúde para responder na Justiça sobre o caso. E é Termosires que está sendo acusado de matar o ex-prefeito. Durante a acareação, Antônio Tavares, o Antoninho, confirmou que estava na fazenda de Joaquim Fonseca e ficou encarregado de segurar os cachorros para que Salvador de Neura e Termosires cometessem o crime. Salvador nega que estivesse presente no local. 

Segundo o oficial de Justiça Romário Alves de Figueiredo, foi solicitado reforço policial, e 12 policiais militares de Bom Jesus escoltaram Salvador de Neura da prisão naquele município para o fórum. Só 40 pessoas acompanharam a audiência no auditório, enquanto outras aguardam do lado de fora pelo resultado. Por volta de 20h, os trabalhos foram encerrados e o juiz foi redigir seu relatório, que deve ser conhecido neste sábado.