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Polêmica em audiência:Setut pedirá aumento na passagem de ônibus

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A audiência pública sobre o transporte coletivo de Teresina realizada na Câmara de Vereadores nesta terça-feira (10) está bastante agitada. Parlamentares criticam a pressa com o qual o projeto de licitação encaminhado pelo prefeito Firmino Filho está tramitando e o Sindicato de Empresas de Transporte Urbano de Teresina afirmou que irá solicitar o reajuste da passagem. 

Evelin Santos/Cidadeverde.com

O propositor da audiência, vereador Dudu (PT), diz que o sistema atual está defasado. “A prefeitura assumiu que o sistema está falido e caótico. Lamentamos termos pouco tempo para discutir um processo de uma envergadura dessa. Não há nenhum terminal de integração iniciado e deveriam ser oito. A previsão dos técnicos é que sejam necessários pelo menos dois anos. Na lei está prevista a criação de um fundo municipal (para o transporte), mas não diz quem vai gerenciar e quem vai bancar a conta. Quando há omissão, é a prefeitura que paga”, reclamou. 

O líder do prefeito, vereador José Ferreira (PSD), disse que o debate já estava previsto e ninguém está fugindo da discussão. “A população espera por isso há algum tempo”, afirma. O parlamentar acrescenta que uma lei federal prevê que caso as empresas que estão no sistema atualmente percam a licitação devem ser indenizadas se não tiverem conseguido recuperar seus investimentos na prestação do serviço. “A prefeitura está dando a garantia que assume a indenização”, assegura. 


Setut
O presidente do Setut, Herbert Miúra, destaca que o Sindicato não é contra a licitação, mas afirma que a concorrência com empresas de outros estados é algo preocupante. “Não nos preocupa a concorrência em si, porque são vários empresários, mas não somos contra. Somos contra a implantação do sistema todo sem que nada esteja pronto. É preciso que empresas que estão aí consigam participar”, declarou. 


O empresário diz ainda que a prefeitura passou muito tempo sem investir no sistema. “Há problemas que não são culpa nossa, como as paradas, os engarrafamentos e a falta de faixas exclusivas. Nós sempre investimos. Se não temos uma frota mais nova é porque estamos sem reajuste na tarifa há três anos. Temos a nossa parcela de culpa mas é a menor entre todos”, justificou. 


Miúra acrescenta que os gastos das empresas aumentaram e quer que algo seja feito para evitar um reajuste. “Ainda não fizemos o pedido (do aumento de tarifa), mas vamos fazer. Fomos surpreendidos esta semana com um reajuste de 8% do combustível . Foram 30% desde o último reajuste da passagem, fora o aumento dos funcionários, e com pneus e insumos. Deixamos de investir por causa disso. Mas não queremos que o preço aumente, queremos a exoneração de impostos como o ICMS do diesel e pneus e no IPVA. Há dois anos não temos retorno”, pontua. 


Carlos Lustosa Filho

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