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Bota corre para evitar desmanche do elenco por atraso salarial

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No último domingo, o elenco do Botafogo completou dois meses sem receber salários e não existe uma previsão de quando os vencimentos serão colocados em dia. Com diversas penhoras e bens bloqueados, o presidente Maurício Assumpção vem trabalhando no sentido de encontrar receitas para contornar o problema. Porém, o caso pode se tornar ainda mais complexo a partir do dia cinco de maio, quando o Alvinegro estará ameaçado de perder diversos atletas na Justiça.

Pelo acordo entre a diretoria e os jogadores, o pagamento deve ser depositado até o dia 20. Porém, pela legislação trabalhista, que rege os contratos dos jogadores, inclusive, o pagamento deverá ser feito até o quinto dia do mês. Dessa maneira, oficialmente o Botafogo completará três meses de salários em atraso no dia 5 de maio, e os atletas poderão procurar a Justiça para conseguir a liberação de forma unilateral, sem que o clube consiga impedir a rescisão contratual.

Esta semana, Maurício Assumpção tem alguns encontros importantes com botafoguenses influentes no sentido de abrir algumas portas que permitam ao clube quitar pelo menos um dos salários e evitar esse desmanche na Justiça. Abertamente, a diretoria sequer comenta o assunto, mas não conta mais com a boa vontade do plantel.

Além disso, os dirigentes ficaram "queimados" com o plantel devido à suposta dispensa do zagueiro Bolívar, que seria liberado justamente por ser um dos líderes dos protestos em General Severiano. O jogador chegou a ser comunicado que não faria mais parte dos planos da diretoria, mas acabou permanecendo pela da pressão de outros atletas de peso do elenco.

Os atrasos salariais do Botafogo têm gerado constantes notícias. Antes do jogo contra o Unión Española, do Chile, pela Copa Libertadores, os jogadores ficaram os primeiros minutos de vários treinos de costas para o gramado, protestando contra a diretoria. A derrota de 1 a 0 para os chilenos acabou sendo vista pela torcida como falta de interesse e o quadro piorou com a eliminação na competição.

A insatisfação dentro do grupo só aumentou daquele período para cá e a contratação do atacante Emerson Sheik, que vai onerar ainda mais a folha de pagamento, trouxe ainda mais discórdia. Isso porque agentes de outros atletas do elenco passaram a exigir de Maurício Assumpção as mesmas garantias bancárias dadas ao atleta que estava no Corinthians.

"Sobre o Emerson Sheik, a gente acredita que o presidente sabe o que fez, pois ele não vai querer, para ganhar um jogador, perder trinta. O Sheik foi muito bem recebido pelo grupo. Sobre os problemas financeiros, o presidente conversou conosco e disse que vai conseguir resolver o problema. Confiamos nele", disse o goleiro Jefferson, um dos líderes do elenco ao lado de Bolívar e do volante Marcelo Mattos, em entrevista à Rádio Globo.

Neste cenário, o clube segue se preparando para o duelo do próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), contra o Internacional no Maracanã, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O Glorioso vai buscar a reação após derrota de 3 a 0 para o São Paulo na estreia na competição.

Nesta quarta-feira, os jogadores treinarão na parte da tarde, no Engenhão. Para este jogo é possível que Vágner Mancini possa promover a estreia de Sheik. O desfalque será o volante argentino Mario Bolatti, que não vai poder atuar por questões contratuais, uma vez que tem seus direitos federativos ligados ao Colorado, que o emprestou ao Botafogo.


Fonte: MSN
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