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Cadeirantes aprovam área especial, mas pedem elevador no Albertão

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Motivo de polêmica e até pedido de interdição do estádio Albertão, o espaço para cadeirantes foi aprovado pelos primeiros usuários a chegarem no local do jogo entre Flamengo (PI) e Santos (SP). O confronto das duas equipes pela Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (10), esteve ameaçado por uma liminar pedida pelo Ministério Público, mas a solicitação foi indeferida pela Justiça. 

Fotos: Fábio Lima/Cidadeverde.com
O pequeno Mateus veio ao Albertão pela primeira vez

O espaço possibilitou ao técnico em edificações Raimundo Neves, 47 anos, realizar o sonho do pequeno Mateus, 11. O garoto santista nunca tinha entrado no estádio. "Se não tivesse essa rampa, estaria bem difícil", confessa o pai flamenguista, que apostou o placar de 2 a 1 para o time piauiense. O garoto retrucou: "É 7 a 0 Santos!".

Já para Raimundo Sousa Filho, 56 anos, a presença no Albertão não é inédita, e nem o espaço ao lado das cabines de imprensa. No ano passado, ele veio ao estádio para um amistoso do Flamengo. Porém, nessa e em outras oportunidades, o cadeirante foi carregado nos braços. 

Raimundo preferia elevador ao invés de rampa

O torcedor do Flamengo, que acredita na vitória por 2 a 1 com direito a gol do jovem Augusto, admitiu que a rampa melhorou a situação dos cadeirantes, mas contou que, por conta disso, precisou trazer uma pessoa para empurrá-lo. "Tinha que ter era o elevador que o governador prometeu. Assim eu não precisava depender de ninguém", cobrou. 

O Ministério Público chegou a pedir a interdição do estádio alegando que desde 2009 medidas para pessoas com deficiência são prometidas pelo Governo do Estado. A Fundação de Esportes do Piauí (Fundespi) montou uma rampa provisória e instalou banheiro químico na área reservada, mas garante que nas próximas semanas irá construir a estrutura definitiva. 

Fábio Lima
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