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Capoeira trabalha reabilitação e inclusão de crianças com deficiência

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Maria Eduarda Costa Magalhães comemorava o aniversário de quatro anos quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral, em 2009, e perdeu parte dos movimentos do lado esquerdo do corpo. A partir de então, a pequena passou por uma série de tratamentos na tentativa de melhorar aquilo que foi perdido. Nesse período, encontrou na capoeira um grande aliado para a reabilitação.

 
Crianças como Maria Eduarda buscam inspiração no esporte para driblar limitações e lutar pela reintegração à sociedade. Elas possuem diferentes tipos de deficiência física e recebem no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) incentivo para a socialização através da capoeira, o que, para esses pacientes, significa um complemento ao tratamento realizado no Centro. Nesse sábado (15), o grupo de capoeira do Ceir abriu a roda em uma apresentação especial no espaço turístico da Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França.
 
O objetivo foi chamar a atenção das pessoas para a importância da reabilitação e da inclusão social, a exemplo do farmacêutico Sylvio Romano, que realizava caminhada na Avenida Raul Lopes, quando se deparou com o gingado em uma roda diferente. “Essa ação tem um grande mérito. Eles mostram um trabalho de responsabilidade social que usa o esporte para a inclusão”, diz Sylvio Romano.
 
Durante a apresentação, a ponte recebeu iluminação verde em homenagem aos pacientes, familiares, colaboradores, voluntários, amigos e defensores da causa da reabilitação e da inclusão social das pessoas com deficiência física e/ou motora do Ceir.

 
O coordenador do setor de reabilitação desportiva do Centro, Childerico Robson, explica que a parceria entre instituição e família é essencial para a obtenção de resultados positivos. “A importância dos pais na capoeira é inestimável. São eles que determinam a freqüência dos filhos, o envolvimento e, consequentemente, o sucesso do trabalho”, destaca o educador físico, enfatizando que seu papel é tão somente fomentar o aprendizado para proporcionar a melhoria dos pacientes. “Eu só ajudo a fazer transbordar a força que existe dentro deles. Força usada para a superação de barreiras”, revela.
 
Um trabalho que envolve sensibilidade e afetividade. Através da terapia, crianças com deficiência física usam o esporte para superar limites. No ritmo do berimbau, pacientes desenvolvem o equilíbrio e a coordenação. Mas um dos principais elementos ajustados com a atividade é a motivação. Maria Eduarda é uma dessas que não esconde a empolgação e, quando interrogada sobre o esporte, a paciente do Ceir expõe: “Eu amo a capoeira!”.


Da Redação
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Tags: ceircapoeira