As investigações da morte da estudante Fernanda Lages, encontrada no dia 25 de agosto nas obras do Ministério Público Federal em Teresina, acaba de ganhar um novo capítulo. Mais pessoas serão convidadas a ceder material para que sejam realizados novos exames de DNA.

“Eu não confirmo e nem nego. Não tenho nenhuma informação oficial da Polícia Federal, mas se eles estão fazendo essa investigação e existe a possibilidade de novos exames de DNA é um procedimento mais do que natural”, informa o promotor do Ministério Público Estadual, Ubiraci Rocha.

O Cidadeverde.com também ouviu familiares da estudante de Direito para confirmar a notícia de que operários e engenheiros que trabalhavam na obra na época da morte da jovem seriam convocados para novos exames.

“A informação que chegou para a gente é que várias pessoas vão fazer esse exame. Mas não chegaram os nomes de quem serão os chamados. Na época da morte só 17 operários cederam material para exame de DNA. Dessa vez o exame deve ser realizado em todos os 80 que trabalhavam na obra”, conta a tia de Fernanda, Cassandra Lages.

Mais uma vez, reforçando o círculo de silêncio que envolve as novas investigações do caso, Cassandra revelou que as informações que chegam até à família não são oficiais, mas que merecem confiabilidade dos parentes.

“Estou comentando o que chegou para a gente. Não é nada oficial, mas temos nossos meios de ter informações que não vamos revelar”, explica a tia da estudante na tentativa de justificar a preservação das fontes.

“Eu não confirmo nada. Se falaram alguma coisa, foi para o meu marido”, informa a mãe da universitária Josélia Lustosa Lages. 

No dia 14 de fevereiro de 2012, o corpo da estudante de Direito Fernanda Lages foi exumado do cemitério de Barras. Os restos mortais da jovem foram encaminhados para novos exames na cidade de São Paulo (SP)

O pai da universitária, Paulo Lages, revelou desesperança na conclusão do caso e solicitou a devolução do corpo da filha antes do prazo inicialmente determinado pela Polícia Federal, estipulado em até 90 dias após a data da exumação.

“A Polícia não devolveu o corpo ainda, mas diferente do meu irmão eu estou confiando. Eu ainda não desacreditei. Esse é o jeito deles trabalhar. A minha certeza é que eu sei que eles não vão concluir por suicídio, mas acredito que eles vão indiciar alguém. Eu não acredito que a morte da Fernanda foi marcada do trajeto do bar até a obra. Eu acho que ela já estava previamente marcada”, disse Cassandra Lages.