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Parentes choram e se revoltam contra prisão de vigia

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Familiares choraram e se revoltaram na tarde desta quarta-feira (12) com a prisão de Domingos Pereira da Silva Santos. Ele foi levado de casa no final da tarde, no bairro Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina, em cumprimento a mandado expedido pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Noleto, a pedido do delegado Paulo Nogueira, que investiga a morte da estudante Fernanda Lages. Os parentes reclamam de injustiça. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Domingos tem cinco filhos, sendo, três mulheres e dois homens, sendo um portador de necessidades especiais. Único que trabalha na casa, ele estava na obra do Tribunal Regional do Trabalho - TRT/PI -, zona Leste de Teresina, por onde Fernanda entrou e teve acesso até outra obra, a do Ministério Público Federal, onde foi encontrada morta na manhã do dia 25 de agosto. Ao longo das investigações, o depoimento do vigilante foi questionado e dúvidas levantadas sobre se ele saberia mais do que informa para a polícia. 


A filha Lucirene Chagas, 21 anos, chegou a chorar ao dizer que o pai é inocente e está sendo injustiçado. Segundo ela, ele estava apenas trabalhando para sustentar os filhos. 

Outra filha de Domingos, J.S., 17 anos, relatou estar perdendo aulas na escola com medo de retaliações. Ela afirma que a família tem evitado o convívio social por conta dos comentários e acusações e não tem mais sossego depois da morte da estudante. "Meu pai não é assassino. Ele estava trabalhando para sustentar sua família. Ele é inocente".


A cunhada do vigia, Ana Kátia das Chagas Silva, considerou a situação revoltante. Ela declarou que os parentes acreditam em Domingos, que estaria sendo incriminado antes da chegada dos laudos. Ela questiona por qual razão outros vigias não estariam sendo procurados. 

O juiz Antônio Noleto, que determinou a prisão do vigia e outras três pessoas por 30 dias, disse que nenhum dos que tiveram mandado expedido foi colocado como suspeito de envolvimento com a morte da estudante e o pedido da polícia foi atendido para ajudar na elucidação do caso. 

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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