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Caso Fernanda: Polícia Federal dará coletiva; MPE/PI não recebeu DNA

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Os promotores do Ministério Público Estadual, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, informaram que o resultado dos novos exames de DNA realizados na Paraíba ainda não foi encaminhado ao MPE. A declaração foi dada em entrevista na edição desta quarta-feira do Jornal do Piauí.


“Não temos nem ideia. Se chegaram, não foram levados para o Ministério Público. Mas o trabalho continua. Queremos deixar claro que não iremos negociar a confiança do povo. Não vamos nos render a ninguém”, disse Eliardo Cabral.

Durante entrevista, os promotores comentaram a entrada da Polícia Federal nas investigações da morte da estudante de Direito, Fernanda Lages. A partir da próxima segunda-feira (21) a instituição assume o inquérito, que deverá ser refeito.


“Falei com o superintende da Polícia Federal no Piauí e ele me garantiu que irá conceder uma entrevista coletiva amanhã [17] para explicar para a população como será o trabalho daqui pra frente”, explicou Ubiraci Rocha.

Questionário  
Eliardo Cabral confirmou que irá destinar à Polícia Civil do Estado um questionário com cerca de 40 dúvidas buscando mais esclarecimentos sobre o inquérito. “O relatório final foi omisso e ainda restam muitas dúvidas sobre o caso”, informou.


MPE e Polícia Civil
Ubiraci Rocha comentou as declarações polêmicas dadas sobre a relação com a Polícia Civil do Estado. O foco do promotor foi reafirmar que o órgão é “politizado” e que esse fato possa ter atrapalhado as investigações da morte de Fernanda Lages.

“O que eu falo é de conhecimento de toda a sociedade. Todo mundo sabe que a Polícia Civil é politizada. Isso é uma verdade incontestável. A Polícia Federal é mais independente. A Polícia Civil está ligada a grupos políticos que não mudam”, afirmou. 


Tempo de investigação 
Os promotores informaram que ainda é cedo para prever quanto tempo deve durar o novo inquérito. “A Polícia Federal é mais bem estruturada e tem um corpo técnico capaz de investigar a morte mesmo todo esse tempo depois. O crime de homicídio prescreve em 20 anos. Temos tempo para trabalhar”, defendeu Eliardo Cabral.

Andamentos do processo
“O caso não foi federalizado. O Ministério Público Estadual ainda está no caso e vai seguir dando toda a assistência que a Polícia Federal precise. Também contamos com o apoio do Ministério Público Federal e seguiremos dando informações à sociedade”, disse Ubiraci Rocha.


Lívio Galeno
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