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Cia de Teatro Nu, da Bahia, traz a peça Sargento Getúlio ao Piauí

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A primeira etapa do projeto Palco Giratório em 2014, traz ao Piauí a Cia de Teatro Nu, do Estado da Bahia para a encenação do espetáculo Sargento Getúlio e realização da oficina: O não ator. Em Teresina a oficina acontece no dia 25/04, na casa da Cultura de Teresina, no horário de 14:00 às 21:00h. As inscrições são limitadas e gratuitas e podem ser feitas na coordenação de cultura do SESC Centro, localizado na Av. Maranhão.

Baseado na obra de João Ubaldo Ribeiro, Sargento Getúlio será encenado no sábado, dia 26/04, às 19:00h no Teatro do Boi, com entrada franca. Com duração de 50mim, a peça tem classificação etária para 14 anos. 

Fotos: Divulgação

Considerado pela crítica literária a obra prima de João Ubaldo Ribeiro, Sargento Getúlio foi escrito em 1971 e rendeu ao escritor baiano o Prêmio Jabuti como Autor Revelação, em 1972.  A montagem do monólogo comemora os 40 anos de lançamento do livro e também os 70 anos do autor. Dirigido e adaptado por Gil Vicente Tavares, o monólogo é estrelado pelo ator baiano Carlos Betão.

A trama de Sargento Getúlio conta a trajetória de um sargento sergipano que tem a missão de transportar um inimigo político de seu chefe. A história é narrada pelo próprio sargento, que no caminho pelo sertão nordestino vive aventuras, dilemas e momentos de reflexão.  Segundo o diretor e autor da versão teatral, Gil Vicente Tavares, a montagem preserva o texto original.

“O lirismo com que João Ubaldo conduz a história acaba por transformar a novela num poema épico em versos livres. Tentei desenhar os diversos sargentos que há no Getúlio, mostrando sua violência, fraqueza, paixão e crueza”, descreve. Para viver este personagem rico em contradições e dono de uma ética particular, a escolha do diretor foi o ator baiano Carlos Betão, que tem mais de 30 anos de carreira, e importantes montagens baianas de textos como Hamlet, Calígula, MacBeth, além de participações em novelas e filmes.


Um dos destaques da montagem é a cenografia, cuja representação do sertão nordestino evita a estética tradicional, ligada à seca, ao couro e à sanfona. “São elementos que pasteurizaram o que de mais forte podemos trazer do sertanejo, de sua alma. Para isso, apostamos muito mais nas imagens do texto, já que a fala, a prosódia e as referências já são tão sertanejas e agrestes. A secura está dentro dele”, afirma Gil Vicente Tavares.

O projeto Palco Giratório

Para difundir as artes cênicas brasileiras e democratizar o acesso à cultura, o SESC criou o projeto Palco Giratório, que é realizado em parceria com as Administrações Regionais proporcionando mais que entretenimento. O projeto possibilita trocas de experiências e intercâmbios entre artistas e a plateia, valorizando sempre a educação e cidadania dos espectadores. 

Há 16 anos circulando pelo país, o Palco Giratório busca caminhos além do eixo sul-sudeste para difundir a cultura onde o teatro puder chegar. Dessa forma, vai até novos públicos, perpetuando hoje a tradição mambembe, vinculada a gerações anteriores de atores que já percorriam o Brasil com seus espetáculos por meio de alternativas próprias.

Oficina "O Não Ator"


Através de exercícios, jogos e improvisações, produção criativa de cenas a oficina, que terá a duração de sete horas busca intervir no cotidiano das pessoas, trazendo á tona a expressão e criatividade que estão camufladas no sufoco diário da luta pela sobrevivência. São 30 vagas. Para  maiores informações ligue para os números (86) 3230-9910/9856-7666/9482-9594

Da Redação

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