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Comando diz que movimento da PM é precipitado e acionará Justiça

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Atualizada às 13h14

Em entrevista ao Jornal do Piauí, o comandante de Policiamento da Capital, José Fernandes Albuquerque, afirmou que, com o movimento Tolerância Zero, a polícia militar está comparecendo apenas nas ocorrências mais graves e o atendimento através do 190 está prejudicado.

Porém, o coronel afirma que o comando da corporação e o governo do Estado estão empenhados em melhorar a estrutura do serviço, como a aquisição de viaturas, armamentos e coletes a prova de balas.



"O número 190 funciona dia e noite. O atendimento está prejudicado, é verdade, mas nós iremos chegar até o local, fazendo o melhor possível dentro da situação. A sociedade tem segurança garantida pela PM, que tem bons serviços prestados. Já melhoramos muito em estrutura. O governo está dando apoio total à revitalização da PM. Mas a gente não muda esse retrato social da noite para o dia. Tenho certeza que a gente vai entrar num entendimento. Melhoramos muito mas precisamos melhorar mais. Existem viaturas velhas sim, mas já temos muitas viaturas novas e equipamentos novos", declarou o coronel.


O comandante geral da Polícia Militar, coronel Rubens Pereira, declarou que o movimento é precipitado e que acionará a Justiça para punir ou não os manifestantes. 


Caroline Oliveira/Cidadeverde.com



“Foi um pouco precipitado. Já que estamos conversando sobre o aumento salarial que eles pedem tanto na secretaria de governo como na secretaria de Administração e o governador autorizou estudos para este aumento. A polícia teve um reajuste de 11% em maio enquanto o restante dos servidores tiveram 7%. Um novo aumento só vai poder acontecer no próximo ano porque precisa estar incluso no orçamento e ele ser aprovado na Assembleia Legislativa e as associações sabem disso porque passaram por todas as reuniões”. 

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O comandante disse que está registrando o que está acontecendo e quem tiver cometendo abuso poderá responder administrativamente. “Todos os passos do movimento estão sendo registrados e a Justiça é que irá decidir se haverá punição ou não”, declarou. 




O advogado da Associação dos Militares Pensionistas, Leôncio Coelho, já preparou mandados de segurança para soltar os policiais que porventura sejam presos. “Nós conversamos com a juíza Valdênia Moura Marques explicando que os militares estão disponíveis para o trabalho, mas só irão se tiverem com condições legais. Caso isso seja interpretado pelo superior como irregularidade e este seja preso, nós já pedimos que ela rechace essa prisão”, pontua o advogado. 



Condições de trabalho
O comandante geral informou que estão em licitação R$ 811 mil para aquisição de coletes à prova de bala que devem ser licitados até as próximas duas semanas. Rubens Pereira negou que haja falta de fardamento e que está sendo cumprido um calendário com uma empresa responsável pela entrega de seis mil fardas e coturnos.




Em relação aos combustíveis para viatura, o comandante diz que cada veículo possui um cartão para o abastecimento diário dentro do limite.”Os equipamentos de proteção individual estão sendo adquiridos e sendo entregues por etapas. Todas unidades da polícia possuem estes equipamentos, não há para todos, mas não há falta”, finalizou. 





O comandante de Policiamento da Capital, José Fernandes Albuquerque, garante que há policiamento nas ruas feitos pelos agrupamentos especiais da corporação: Rone, GTAP, Canil, Gate e BPRE.






Flash de Caroline Oliveira
Redação Carlos Lustosa Filho
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