A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltará a vender milho subsidiado no Piauí a partir da próxima quinta-feira (27). “Temos 1.557 toneladas de grãos armazenadas. A metodologia de entrega será a mesma, por ordem de agendamento. Os municípios que estavam na vez serão priorizados”, afirma o superintendente regional da Conab, Manoel Araújo.

 

De acordo com Araújo, o Piauí ainda tem garantida uma remessa de 8.700 toneladas de milho. “Uma parte desse volume pode começar a chegar ainda esta semana aos municípios de Floriano, Oeiras, Campo Maior, Elesbão Veloso e Paulistana. A dificuldade está no transporte em virtude da colheita de soja no Mato Grosso. Esperamos que isso seja resolvido até meados de abril, quando os caminhoneiros começam a ter mais disponibilidade”, explica.

 

A venda de milho subsidiado, que estava suspensa desde o início deste mês, foi autorizada pela Portaria Interministerial nº 223, publicada na última quinta-feira (20), no Diário Oficial da União. No mesmo dia da publicação, o deputado federal Jesus Rodrigues esteve com o chefe de gabinete da Casa Civil, Luiz Antonio de Mello Rebello, para solicitar que o governo garanta agilidade na compra de mais milho para atender os 42 mil criadores piauienses cadastrados no programa.

 

“Fomos pedir uma melhor regularidade na entrega do milho. Além disso, estamos na expectativa de que o Piauí seja contemplado com a licitação de mais 5 mil toneladas”, afirmou Jesus Rodrigues ao comemorar o fato do governo ter prorrogado o programa até 30 de junho deste ano. A medida beneficia criadores de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).

 

As portarias anteriores autorizavam a venda de até 700 mil toneladas de milho, mas a atual reduziu essa quantidade para 490 mil toneladas. “É natural que essa redução ocorra, uma vez que as pastagens já começam a se recuperar por causa das chuvas”, explica o superintendente Manoel Araújo.

 

A nova portaria limita a quantidade máxima de milho adquirida por cada criador, que não poderá passar de três toneladas por mês. Além disso, todos os produtores cadastrados pagarão o mesmo valor pelo saco de 60 kg (R$ 18,12). Antes, o saco era vendido ao preço de R$ 18,12 para criadores com plantel com capacidade de consumo de até 3 mil quilos e a R$ 21 para criadores com plantel com capacidade de até 6 mil quilos.