O secretário estadual de Segurança, Robert Rios, declarou em entrevista ao Jornal do Piauí que o policial preso por fraude no concurso da Polícia Militar, Elivaldo Morais Santos, já estava sendo monitorado e pode ser expulso da polícia. O gestor disse ainda que a anulação do certame foi uma decisão que teve como objetivo manter a lisura do processo. 

“Se voltar anos no passado, era difícil ter crime que não tivesse participação de policiais. O Piauí entrou em era de calmaria sem policiais em grandes crimes. São quase oito mil homens sem contar os inativos. Num grupo tão grande é natural que haja alguém envolvido em crimes. Ninguém vira bandido na polícia; já era bandido quando entrou”, observa. 

“Só houve a prisão do policial envolvido em assalto porque foi investigado. Só houve a prisão do tenente porque a polícia estava investigando. Assim como tem o policial criminoso tem aquele que está investigando”, acrescentou. 

Robert Rios informou ainda que Elivaldo estava com o telefone grampeado e o plano estava sendo acompanhado. Ele acrescentou ainda que a fraude não chegou a ser concretizada, mas confirmou a tentativa. 

“O concurso não pode estar contaminado por qualquer suspeição. A polícia precisa seguir as investigações. A melhor maneira de resolver isso foi refazer o concurso. Houve um prejuízo financeiro, mas o Estado prefere assumir este dano a passar este dano para quem estudou, investiu. A Nucepe vai marcar a nova fase e os inscritos estão automaticamente no próximo concurso”, declarou.