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Conselheiros tentaram impedir que Xavier Neto fosse de avião

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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, Kennedy Barros, Anfrísio Lobão e Jailson Campelo tentaram impedir que Xavier Neto voasse para o município de Parnaguá, onde iria fazer uma inspeção em obras apontadas como irregularidades. A revelação foi feita pelo presidente Kennedy Barros durante enterro do conselheiro.

Foto: Evelin Santos


Barros lembrou que tentou convencer Xavier Neto a “desistir da ideia”, mas ele persistiu, pois queria in loco verificar as denúncias no município de Parnaguá. 

“Defendemos que ele não precisava ir. Que os técnicos iriam lá para que suas dúvidas fossem tiradas, mas ele persistiu”, disse Kennedy Barros, informando que o presidente da Câmara de Vereadores de Teresina, Edvaldo Marques, estava presente no dia em que ele tentou convencer a Xavier para não viajar. 

Xavier Neto estava de férias, mas suspendeu por 10 dias as folgas para trabalhar. Kennedy Barros disse que além de Jaime Amorim, o conselheiro tentou levar para a inspeção Jackson Veras, que teve um imprevisto e recusou o convite. 


Atualizada às 11h32

Perícia diz que teve pane no ar

A perícia preliminar do monomotor do ex-deputado Xavier Neto revelou que o avião teria caído por conta de uma pane e que não chegou a se chocar com uma serra. Os exames cadavéricos apontaram que as três vítimas, Xavier Neto, Jaime Amorim e Edvaldo Sousa, morreram da queda e não da explosão.

Foto: Vianey Moura

Segundo os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, nos exames do Instituto Médico Legal a traquéia das vítimas foi aberta e não havia indícios de fuligens no órgão, o que indica que eles não aspiraram fumaça.

Os conselheiros afirmaram ainda que o local é plano e não possui serras. Segundo eles, o avião caiu girando e explodiu já em terra. Com a explosão, os corpos foram mutilados.

Fotos: Notícias de Canavieira

O monomotor era de propriedade do secretário de governo, Wilson Brandão, do conselheiro Xavier Neto e do deputado estadual Edson Ferreira. O deputado afirmou que a aeronave estava revisada e com documentação em dia. Ele informou também que Xavier tinha habilitação para pilotar, mas negou que ele estivesse no comando no momento do acidente.

Os conselheiros acrescentaram que tentaram impedir Xavier Neto de voar, porque a cidade de Parnaguá fica muito distante e o tempo estava chuvoso. Entretanto, o ex-deputado teria persistido na decisão. De acordo com os conselheiros, Xavier iria ao município para investigar uma escola que apresentava indícios de irregularidades.



Flash Yala Sena
Redação de Jordana Cury
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