O Corregedor do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Francisco Antonio Paes Landim, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (16) na qual falou sobre a situação do judiciário no estado. Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afirmou que o Piauí é a unidade federativa com o pior índice de resolutividade. 

“Os cartórios do Piauí se encontram no estado de caos, atraso tecnológico e abandono pelo poder público”, resumiu o desembargador. Como exemplo ele citou a unidade de São José do Peixe, da comarca de Nazaré do Piauí, pois não oferece segurança jurídica para guardar os documentos. 

“O acervo cartorário do Piauí precisa de uma ação urgente. Além disso, mais de 80% das escrituras dos cartórios são feitos manualmente. Precisamos entrar na era tecnológica. Estamos escriturando manualmente que causa um atraso considerável”, pontuou. 

Paes Landim comentou o relatório do CNJ e afirmou que o mau desempenho piauiense se deve à falta de estrutura. “Hoje há falta de estrutura e menos da metade da mão de obra prevista em lei. Temos comarcas com internet fora do ar por mais de 30 dias isso causa um atraso na primeira instância. É preciso reestruturarmos o parque tecnológico, admitirmos mais servidores e treinamento. Só assim, a Justiça piauiense terá um melhor desempenho”, finaliza.