A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia aprovou nesta quinta-feira (16) o relatório do senador Demóstenes Torres, com quase 1.700 páginas que tratam das investigações realizadas desde 2008. Em cerca de 30 delas, são apresentados dados sobre o caso do prefeito de Sebastião Barros, Geraldo Eustáquio Mineiro (PT), que supostamente teria praticado atos contra filhas dos presidentes da Câmara do seu município e de Corrente, ambos no Sul do Piauí.
O documento traz relatos das reuniões de julho de 2009 realizadas em Corrente, sem a presença do prefeito, e meses depois no Senado, já com Geraldo Mineiro, que ficou maior parte do tempo em silêncio, apesar de negar as acusações.
Sobre o caso, o relatório conclui que, "Apesar da falta de cooperação do acusado nas investigações, o trabalho da CPI em Correntes gerou frutos. A tomada de depoimentos e a confecção de laudos psicológicos com as vítimas respaldaram a atuação das autoridades públicas incumbidas da persecução criminal. Os dois casos investigados deram origem a duas ações penais diretamente perante o Tribunal de Justiça, em razão da prerrogativa de foro do Prefeito, que estão em fase de instrução, as quais, em caráter definitivo, irão verificar a culpabilidade do acusado".
O relatório final não pede a prisão de qualquer um dos investigados em todo o País, mas faz recomendações ao Ministério Público dos Estados, ministérios da Saúde e Educação, Poder Judiciário, entre outras instituições. Os senadores cobraram ainda a aprovação de seis projetos que já tramitam no Congresso sobre o tema, além de outras duas propostas. Uma delas determina que veículos de comunicação exibam mensagens contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Da Redação