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Criança é raptada e morta no PI; Polícia crê em estupro e asfixia

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Atualizada às 09h22

A família da menina Débora Maria da Conceição, 5 anos, encontrada morta próximo a um açude na cidade de Demerval Lobão na noite de ontem (11), compareceu ao Instituto Médico Legal de Teresina na manhã desta terça (12) e fez o reconhecimento do corpo.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

A polícia suspeita que a menina tenha sido estuprada e em seguida asfixiada. De acordo com o coronel Sá Júnior, relações públicas da Polícia Militar, o corpo foi encontrado por populares por volta das 21h de ontem. "O corpo tinha muitas marcas de violência. Suspeitamos de estupro, mas não podemos afirmar. Pelas marcas acreditamos também que a causa da morte foi asfixia", disse.


A mãe da criança, Divânia Conceição de Sousa, contou, aos prantos, que a filha estava brincando na porta de casa com as três irmãs quando, por volta das 16h de ontem, foi procurá-la e não achou.

"Procurei por Demerval inteira. Em todo canto eu gritava o nome dela. À noite, me disseram que haviam encontrado uma criança. Eu não tive coragem de olhar. Mas me disseram que era minha filha", disse chorando.


A tia da vítima, Socorro do Espírito Santo, descreveu como o corpo foi encontrado. "Ela estava nua, com o braço quebrado, com metade do rosto roxo e as partes íntimas inchadas e ensanguentadas. Ela também estava molhada. Acho que o criminoso jogou ela primeiro no açude e depois colocou o corpo fora. Foi uma cena horrível", contou a tia.

A polícia chegou a prender dois suspeitos, que foram liberados por falta de provas. Um deles é o irmão de criação da mãe, conhecido como Durval, e o outro é o irmão de criação da vítima, conhecido como Adriano. 


A mãe da criança não acredita que eles tenham culpa. "Não foram eles. Minha outra filha de três anos contou que a irmã foi levada por um homem preto e eles não são. E também ela reconheceria os dois", disse. 

A polícia faz diligências para encontrar os autores do crime, tentando confirmar os caminhos por onde o criminoso passou após o rapto. Até o momento, as únicas testemunhas são as irmãs da vítima e uma vizinha que ouviu a menina gritar pela mãe. 

Atualizada às 14h12

O tio da menina, que inclusive foi preso na noite de ontem como um dos suspeitos, foi quem a encontrou no meio do mato, a cerca de 100 metros da casa onde ela vivia. Ele contou com detalhes como estava o corpo.

"As roupas foram encontradas primeiro, às margens do açude. Depois, encontramos o corpo, dentro do mato, em local de difícil acesso. A menina estava toda ensanguentada, com o tórax ralado e o rosto todo machucado. O braço estava quebrado e ela estava nua, com marcas vermelhas no pescoço", contou Durval Costa.

O corpo de Débora Maria passou por exames na Maternidade Evangelina Rosa. Amostras de sêmen foram recolhidas para comparação com o DNA dos suspeitos.

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Jordana Cury e Leilane Nunes
 
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