Cidadeverde.com

Cruz Nonata é tricampeã do Troféu Brasil em São Paulo mesmo gripada

Imprimir
Pela terceira vez, Cruz Nonata da Silva é a melhor do Brasil. E não teve gripe ou sinusite que a segurasse. Mesmo adoentada, a piauiense venceu os 10.000 metros rasos do Troféu Brasil de Atletismo, nesta quinta-feira (6), no estádio do Ibirapuera, em São Paulo (SP). 

Fotos: Fábio Lima/Cidadeverde.com

Cruz Nonata venceu com 33min05seg92, tempo superior ao índice exigido para o Campeonato Mundial de Moscou, na Rússia, que acontecerá em agosto (31min41seg91). Porém, antes da prova, a fundista já sabia que ganhar o Troféu Brasil pela terceira vez seria o melhor a ser feito.

Após a prova, a corredora revelou que a sinusite foi tão forte que afetou seus treinos. Um exame de raio-x constatou o problema, que atrapalhou a piauiense nas duas últimas semanas. 


"Vim para a pista com a fé de conquistar o bicampeonato do Troféu Brasil e acho que fiz uma ótima prova", disse Cruz Nonata, campeã em 2009 e no ano passado, quando ela quebrou o recorde da competição, de 32min15seg72, que perdurava desde 1995.

A condição de saúde fez a piauiense cadenciar a prova. Somente quando faltavam oito voltas para o final, Cruz Nonata ultrapassou Adriana Aparecida da Silva e disparou. Venceu com 15 segundos de vantagem.

Após ter paciência para conquistar a liderança, Cruz leva as mãos a cabeça ao ser campeã, como se fosse pela primeira vez

Mas Cruz Nonata admite que o Troféu Brasil era encarado como a principal chance para conquistar o índice. Assim pensava antes da sinusite. Todos os atletas se poupam e dedicam tempo para a competição mais importante do ano. Mesmo assim, o sorriso e a empolgação nas comemorações continuaram como marcas registradas da atleta.

Sem o índice para o Mundial no Troféu Brasil, Cruz Nonata ainda vai traçar os planos para tentar a marca até o mês que vem, quando acaba o prazo de qualificação. Uma chance será no Sul-Americano Adulto de Cartagena, na Colômbia, de 5 a 7 de julho.


Foi a única prova de Cruz Nonata no Troféu Brasil. Apesar de também correr os 5.000 metros, ela não obteve índice para a competição. Nos últimos meses, a corredora tentou o índice no mundial para a maratona. Como não conseguiu, voltou suas atenções para as provas que a consagraram.

Fábio Lima (direto de São Paulo, a convite da FAPI e CBAt)
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais