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Diabetes atinge cerca de 7% das mulheres grávidas

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A diabetes é uma doença que já atinge grande parte da população brasileira, caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue. Esses números estão aumentando, principalmente, entre as mulheres gestantes, já que muitas podem adquirir a doença durante a gravidez. O diabetes gestacional já atinge cerca de 3 a 7% das mulheres e também se caracteriza pela baixa produção de insulina pelo organismo.

Assim como pessoas obesas têm mais chance de ter diabetes, as grávidas com alto ganho de peso também podem sofrer com a doença durante a gestação. O sobrepeso, aliado a uma alimentação muito calórica, diminui a produção de insulina e gera o diabetes.

Segundo o obstetra Alberto Monteiro Júnior, muitas mulheres quando engravidam acreditam que podem se alimentar por dois, o que gera o sobrepeso e consequentemente pode provocar a diabetes. “Os hormônios da gravidez podem impedir que a insulina cumpra sua função. Quando isso acontece, os níveis de glicose podem aumentar no sangue da gestante”, explica o especialista.

O diabetes gestacional geralmente tem início no meio da gravidez, quando o bebê já começa a ganhar peso e tamanho. “Todas as gestantes devem fazer um teste oral de tolerância à glicose entre a 24ª e a 28ª semana de gestação para verificar a ocorrência da doença. Porém, as mulheres que possuem fatores de risco do diabetes gestacional devem fazer o teste antes desse período”, diz Alberto.

O diabetes gestacional também oferece maior risco de abortamentos, partos prematuros, morte dentro do útero e o atraso da maturidade pulmonar do bebê, que pode nascer sem estar preparado para respirar normalmente, levando a má formação e macrossomia fetal, isto é, fetos muito grandes que podem dificultar o parto.

Entre os principais sintomas da doença está uma maior vontade de ingerir líquidos e de urinar constantemente e também pode haver um crescimento desproporcional da barriga, pelo tamanho avantajado da criança e pela maior quantidade de líquido amniótico (polidramnio).

Vale lembrar que mesmo atingindo até 7% das grávidas, a doença não impede uma gestação tranquila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê, por isso é necessário que a gestante faça o pré-natal ou apresentando qualquer sintoma busque seu obstetra. O acompanhamento destas gestantes deve ser multidisciplinar, sendo importante a presença de um endocrinologista.

Alberto Monteiro esclarece que após o parto a diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20 a 40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos.


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