O diretor do Hospital de Urgências de Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque, confirmou que o hospital não foi avisado sobre a transferência da jovem Karla Patrícia Santos Castro, 19 anos, que veio com traumatismo craniano de Corrente para Teresina, pelo Samu Aéreo. 

Ele explicou que o HUT não é hospital de referência para o Samu Aéreo, mas garantiu que a vítima não foi prejudicada. “O que foi divulgado com a instalação do Samu Aéreo é que os hospitais de retaguarda são o HGV e o HPM. Nós do Hospital de Urgências não assinamos nenhum contrato, não foi feita nenhuma pactuação, nem mesmo destinação de recursos para tal”, detalhou o gestor. 

Albuquerque acrescentou que a paciente já deu entrada no hospital com suspeita de morte encefálica e que na manhã de hoje foram abertos protocolos para a confirmação. 

“Ela teve uma contusão cerebral difusa e politraumatismo. A situação é gravíssima, estamos esperando o prazo legal para que ela estabilize seus sinais vitais. Se isso acontecer e ela ainda não apresentar sinais cerebrais ai não podemos fazer mais nada. No momento temos 99,99% de certeza da morte cerebral, mas temos que aguardar”, afirmou. 

Ainda segundo o diretor, a paciente deu entrada por volta das 20 horas e foi encaminhada para a semi-UTI porque em casos de suspeita de morte cerebral, este é o procedimento utilizado, mas criticou a falta de comunicação. 

“Não foram cumpridas as regras, nós não fomos informados sobre o caso. Não houve tempo de preparar o leito, porque a central de regulação não fez nenhum tipo de contato. Em casos como este, o contato com os médicos que estão na aeronave e os médicos do hospital é fundamental, porque a equipe médica tem que estar preparada para receber o paciente com o equipamento necessário disponível e UTI vaga se for o caso”, destacou Gilberto Albuquerque.