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Dom Jacinto pede paz e alerta:"hoje, se mata e se espanca por nada"

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O arcebispo de Teresina (PI), Dom Jacinto Brito, fez um chamamento em favor da paz e contra violência que, segundo o religioso, vem crescendo terrivelmente. Na celebração de ritual da Paixão de Cristo, nesta sexta-feira (18), ele acrescentou uma oração pela paz. 

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

"Estamos sentindo em Teresina o crescimento terrível da violência. Se mata e se espanca por nada. Isso significa que forças estranhas estão se infiltrando, de ganância, de falta de respeito à dignidade humana, e também a perca do sentido da vida humana", declarou em seu discurso a multidão na Catedral de Nossa Senhora das Dores.

De acordo com Dom Jacinto, cada vida humana é o preço do sangue do filho de Deus. "Não é cachorro, não é uma pedra. Não podemos ficar de braços cruzados diante de tanta violência. Temos que lugar pela paz", disse o arcebispo.

Na celebração da Paixão do Senhor, Dom Jacinto esteve de pés descalços. Ele relatou que há 42 anos ele mantém o gesto, desde quando era aluno de frades franciscanos. "Para mim, estar descalço é um sinal de despojamento e humildade".


Durante a celebração, o arcebispo normalmente pede que os fiéis se ajoelhem por 10 vezes. Dom Jacinto pediu que o gesto fosse repetido pela 11ª vez, em pedido pela paz. 

Dom Jacinto revelou que o Papa Francisco encaminhou uma carta a todos os arcebispos do Brasil pedindo doações para manutenção de lugares santos em Belém, Nazaré e Jerusalém. De acordo com o papa, os lugares são muito pobres e os cristãos têm sofrido preconceito, sem conseguir emprego ou estudar em Israel. 

O padre Florêncio, do Colégio Diocesano, participou da celebração, assim como o padre Osório Barbosa, da catedral das Dores, Frei Edilson, da Igreja de São Benedito, e o padre João Moura, da cidade de Monsenhor Gil. 

A celebração terminou com a procissão do Senhor Morto, em direção a Igreja de São Benedito. A caminhada reuniu cerca de 15 mil pessoas.


Pecados
O arcebispo afirmou que não é pecado ou impuro tocar em moeda durante a Semana Santa, gesto evitado por muitos cristãos. "Não é impuro quem toca em moeda. O que nos torna impuros são os nossos pecados". 


Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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