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Dupla levou R$ 200 mil do IPMT; procurador crê em crime político

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O presidente do Instituto de Previdência de Teresina (IPMT), Paulo Dantas, afirma que foram levados cerca de R$ 200 mil durante assalto ao caixa eletrônico do prédio, realizado neste domingo (3), por uma dupla que usava farda da Polícia Militar. O procurador geral do município, Charlles Max, declarou que o crime pode ter motivação política, tese sustentada também pela presidência do IPMT.

Fotos: Rayldo Pereira/ Cidadeverde.com
Procurador do Município

O procurador destacou que além do dinheiro foram levados todos os HDs que continham os dados dos servidores atendidos pelo IPMT. "O crime pode ter motivação política, já que os assaltantes sabiam onde estavam os dados. Vamos inclusive abrir um procedimento administrativo para verificar a participação de algum servidor", explicou.


Max afirmou que serão acionados o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público e todos as autoridades competentes para contribuir com as investigações.


Nesta segunda-feira (4), a marcação de consultas no IPMT está sendo feita manualmente até a reconstituição do sistema informatizado. Por conta disso, a demora deixa o setor de atendimento ao público lotado. O procedimento da terça-feira foi cancelado, retornado apenas na quarta, segundo a previsão de George Hilário, gerente de assistência da Saúde. 


Cerca de 57 mil servidores são diretamente atingidos pelo roubo dos dados pessoais. Serviços como a marcação de consultas, internação, exames e até cirurgias serão afetados pelo sumiço dos dados. 


Após a retirada dos HDs, os assaltantes se dirigiram ao almoxarifado, de onde retiraram o DVE, aparelho responsável pela gravação das imagens do sistema de segurança. "Com certeza tem alguém por trás disso. Já encontramos o banco de dados apagado quando assumimos e agora, depois do roubo, provavelmente vamos demorar muito tempo para reorganizarmos", afirmou o presidente Paulo Dantas.

O gerente de Tecnologia da Informação, Otílio Paulo, reforça a tese de que os assaltantes conheciam o local, já que foram levados apenas os HDs. Os computadores permaneceram intactos. "Eles sabiam o que estavam fazendo, sabiam que não precisavam abrir as máquinas e sabiam exatamente onde estavam os dados da área dos servidores. Perdemos tudo", concluiu o chefe do setor.


O procurador deve se reunir nas próximas horas com o superintendente da Polícia Federal, Nivaldo Farias, e o secretário de Segurança do Estado, Robert Rios Magalhães, para tomarem as primeiras providências sobre o caso.


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Redação de Jordana Cury
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