Edilmar Sônia diz que o segredo da longevidade é trabalho e cerveja

Há 71 anos a música, em especial o samba, corre nas veias da dona Edilmar Sônia. Nascida em família musical, ela diz que herdou o vozeirão de seus ancestrais e com sua simpatia e bom-humor é uma prova viva de que juventude é uma questão de postura perante a vida e não de idade.

Fotos: Thiago Amaral/CidadeVerde.com

“O segredo (da longevidade) é trabalhar de mais. E muita cerveja”, diz sorrindo. Ela é uma pioneira no samba em Teresina. Diz ter sido a primeira mulher a desfilar em uma escola de samba só de maiô, aos dezoito anos, na década de 1950. “Como era a primeira vez, era tudo novidade. Os homens adoraram, as irmãs de caridade acharam um absurdo!”, brinca.

De lá pra cá, ela sempre esteve cercada de música, sobretudo, samba. Há anos possui um bar que reúne grandes sambistas de Teresina na rua 7 de setembro, no Mafuá. Foi rainha do carnaval da Terceira Idade em 2007 e 2010.

Acompanhada pelos músicos do Grupo Gamação, ela cantou no especial Natal da Cidade as músicas “Lama” de Clara Nunes e “Não deixe o Samba Morrer” de Alcione. E por falar em morte, o assunto não é tabu para a sambista teresinense. “Eu já disse que, como moro perto do cemitério, quero que meus amigos façam meu enterro tocando, cantando e bebendo. E passando cerveja nos meus lábio”, declara, com uma gargalhada.