O primeiro encontro entre os lojistas e os representantes do Shopping Rio Poty, após o desabamento, durou cerca de 1 hora e os empreendedores foram acalmados sobre a obra. O grupo Sá Cavalcante garantiu na noite desta quinta-feira que não sabe ainda as causas do desabamento, mas voltou a afirmar que o grupo manterá os investimentos na obra. Uma das novidades apresentadas aos lojistas é a contratação de um engenheiro renomado – que ajudou na reforma do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, e construiu a ponte Rio Niterói. 

O grupo Sá Cavalcante convocou lojistas e colaboradores para uma reunião na noite desta quinta-feira (18), a primeira após o desabamento das obras do shopping Rio Poty, em Teresina (PI), ocorrido na semana passada. Cerca de 80 lojistas foram convocados para o encontro a portas fechadas no estande do empreendimento. 

Lojistas ouvidos pelo Cidadeverde.com informaram que o grupo irá contratar um engenheiro renomado, especialista em construção, para avaliar o que ocorreu na obra. O profissional, de nome não divulgado, ajudou na reforma do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, e na construção da ponte Rio-Niterói, além de várias obras com o escritório de Oscar Niemeyer, um dos idealizadores de Brasília (DF).

A direção do grupo não quis falar com a imprensa. Apenas manteve as informações da nota divulgada no último fim de semana, na qual afirma que pretende retomar as obras após serem descobertas as causas do desabamento. 

Luis Antonio Veloso, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindlojas), acredita que a reunião foi convocada para acalmar os lojistas preocupados com o desabamento. "Nossa expectativa é que, ao abaixar a poeira, que levem a obra em frente, pois ela é importante para a cidade", declarou. Ele desconhece a existência de empresários que tenham desistido de abrir lojas no shopping - entre 70 e 80 já teriam adquirido seu espaço. 

O empresário Marcelo Barroso, que vai investir em três lojas na área de roupas masculinas, confirmou que recebeu a informação da contratação de um engenheiro renomado e manteve o investimento. "Estamos também aqui em solidariedade ao grupo Sá Cavalcante, que tem uma história. Já tem mais de 10 shoppings construídos no Brasil. Aconteceu uma tragédia, mas vamos ratificar nosso compromisso com o grupo". 

Felipe da Fonseca, empresário da área de alimentos, disse que o desabamento deixou todos preocupados. Ele entrou na reunião esperando receber informações sobre os procedimentos que o grupo Sá Cavalcante adotará e a segurança do empreendimento.

O desabamento que afetou 70% da obra aconteceu na madrugada do dia 11, deixando um operário ferido. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PI) atua no caso e deve dar parecer nos próximos 90 dias. A Superintendência Regional do Trabalho embargou a obra.