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Família da 1ª vítima de Antonio Marcos não conseguiu fazer B.O

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A artesã Maria Auxiliadora Rodrigues Costa, irmã de Antonio José Rodrigues, a primeira vítima de Antonio Marcos Lima Pereira, esfaqueado no último sábado (23), conta que familiares tentaram registrar um Boletim de Ocorrência no domingo (24), mas não conseguiram.


Ela afirma que o agente de plantão no 23º DP disse que não poderia registrar a ocorrência porque o sistema estava fora do ar. O caso só chegou oficialmente ao conhecimento da polícia na segunda (25) pela manhã, no mesmo dia em que um adulto e outras três crianças teriam sido feridas pelo suspeito na Vila Irmã Dulce, zona sul de Teresina.

"Se tivessem feito o B.O, não teria acontecido essa tragédia. A polícia teria prendido ele e as crianças não iriam ser furadas", revolta-se a artesã.

Ela afirmou ainda e ninguém no distrito policial foi ao Hospital de Urgências de Teresina falar com seu irmão e quando soube do caso das outras vítimas dirigiu-se à Central de Flagrantes levando o B.O.


"O meu irmão conhecia o Marquinhos (acusado) há poucos dias. No sábado ele foi atrás do meu irmão à noite, na hora da chuva, e pediu o notebook. Meu irmão disse que não dava e eles discutiram. O Marquinhos, então, esfaqueou ele quatro vezes, uma em cada braço, na perna e no abdome. Era na hora da chuva e não conseguimos ouvir nada. Mas, quando chegamos, meu irmão estava com as vísceras de fora. Ele dizia que nunca pensou que o Marquinhos faria aquilo", contou a irmã.

O estado de saúde de Antonio José Rodrigues é estável, foi submetido a uma cirurgia após ter o rim perfurado. 

O sobrinho do acusado, de inciais M.G.S.O, dois anos, continua na UTI pediátrica. A criança passou por cirurgia ontem. 

A outra criança M.G.D.T, de seis anos, também passou por cirurgia e foi transferido para o Hospital da Unimed.

A outra vítima é L.E.S.C, 11 anos, sofreu um corte superficial na altura de virilha. Foi suturado, medicado e teve alta.

Nonato Pereira da Silva, 23 anos, foi a última vítima a ser perfurada. Ele também passou por cirurgia e está em recuperação, fora de perigo, no HUT.

A mulher que socorreu a criança de dois anos, Maria Elizângela Sousa, açougueira, conta como tudo ocorreu. "Vieram aqui procurando meu marido, mas ele estava dormindo. Depois me disseram que tinham furado uma criança. Eu fui até lá e depois comecei a ligar para o Samu, mas ninguém atendia. Eu vi um carro da polícia e dei sinal para que parassem. O policial viu o garotinho com as vísceras para fora, pediu que colocássemos um pano e pressionássemos e perguntou se alguém poderia arrumar um carro para levá-lo ao hospital. Foi aí que uma vizinha apareceu e eu botei o menino nos braços. Fomos para o HUT. Chegando lá o atendimento foi rápido", descreveu.

Elisângela acrescenta que o fato aconteceu por volta do meio dia, na casa do próprio acusado.


Ampliada às 11h17

Acompanhe o caso 

Flash de Carlos Lustosa Filho
Redação de Leilane Nunes
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