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Fazendários invadem órgão; Justiça decreta ilegal greve que dura 60 dias

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O desembargador Pedro Macêdo decretou, por volta do 12h30 desta terça-feira (20), a ilegalidade da greve dos servidores da Fazenda. Paralisados há 61 dias, os fazendários fizeram uma nova manifestação e tomaram a sala de administração da Escola Fazendária, acuando a diretora financeira, Dalva Rezende. Eles reivindicam que ela apresente para eles um documento que comprove os descontos salariais por conta da greve. 

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

Os manifestantes afirmaram ao CidadeVerde.com que alguns contra-cheques apareceram zerados e em outros há um desconto de até R$ 3.400. A multidão também grita palavras de ordem.


O presidente do Sindicato dos Fazendários, Manuel Filho, disse ainda que Dalva Resende “só sairá da sala se apresentar um documento que permita o corte dos pontos”. 

A Polícia Militar foi acionada para fazer a segurança da gestora e está sendo aguardada a coordenadora de Gerenciamento de Crise e Direitos Humanos, coronel Júlia Beatriz.


Após alguns minutos acuada, a secretária falou com a nossa equipe de reportagem e disse que recebeu do secretário a autorização do desconto equivalente a dez dias de trablaho no contra-cheque. Ela explicou ainda que nos casos em que os contra-cheques apresentarem desconto superior, se devem ao fato de que do descontos dos dois últimos meses que não haviam sido descontados. 

“Eu não posso entregar o documento sem a autorização do secretário. Já liguei pra ele e ele pediu que eu aguardasse. Esse documento existe”, garante. 

 

O sindicalista Wilson Silva reafirmou que Dalva Rezende só sairá da sala quando apresentar o documento para que o sindicato possa recorrer na justiça. “Sem este papel não podemos fazer nada. Achamos que este documento nem exista.  É muito estranho. Tem gente aqui que estava de férias e teve seu ponto cortado. Eles estão tirando a comida da nossa mesa”. 

Os advogados do Sindicato já estão estudando como irão entrar com o recurso e estão avaliando as razões para qual o desembargador tomou a decisão. 

Mesmo ao receber a notícia da ilegalidade do movimento, os grevistas não saíram da sala e aguardam a chegada da coronel Júlia. 

Atualizada as 14h25, horário local

A coronel Júlia Beatriz, chegou à Secretaria de Fazenda e conversou com os manifestantes. Ela reconheceu que o documento que eles pedem deveria ser público e pediu que todos se retirassem da sala da administração para que ela conversasse sozinha com a diretora Dalva Rezende.


Os fazendários saíram do ambiente, mas permanecem na porta de acesso. Estão na sala apenas a coronel Júlia Beatriz, a diretora Dalva Rezende e o capitão Márcios Andrade, negociador adjunto.

Os grevistas afirmam que não sairão do local até a entrega do documento.


A coronel Júlia informou que esteve em conversa diretamente com o secretário que afirmou que responderá através de ofício. O ofício foi levado para ele através de um motorista e deverá retornar assinado juntamente com o documento que autoriza o desconto por faltas.

Júlia Beatriz pediu novamente que os grevistas permaneçam fora da sala, enquanto aguardam a chegada do documento. O sindicato dos fazendários calcula que a soma de todos os desconto por falta chegue a mais R$ 1 milhão e 250 mil.

Segundo a decisão do desembargador, caso o sindicato não suspenda imediatamente a greve, terá que pagar multa de R$ 10 mil por dia.



Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho
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