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Fernanda sofreu oito lesões antes de cair do prédio do MPF/PI

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O Delegado Geral da Polícia Civil, James Guerra, falou sobre as novas descobertas do “caso Fernanda Lages”, a situação do inquérito e as constatações após as duas reconstituições feitas para esclarecer as condições da morte da estudante. A entrevista foi concedida na tarde desta quarta-feira (12) ao apresentador Tony Trindade, no Jornal do Piauí, direto dos estúdios da TV Cidade Verde.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com

De acordo com o delegado James Guerra depois das últimas reconstituições foi possível saber a posição do corpo antes da morte e a velocidade com que o corpo caiu. “Muitas coisas foram esclarecidas depois das duas reconstituições da cena do crime, podemos saber qual era a posição do corpo antes da morte, a velocidade da queda do corpo, que foi de menos de 1,8 m/s, e esclarecer muitas das lesões que a vítima tinha no corpo. A vítima tinha oito lesões no corpo feitas antes da morte, uma nas costelas, possivelmente ela pode ter caído contra uma escadaria e outras lesões no pé, no braço e na mão”, declarou o delegado.

Ao falar sobre as lesões encontradas no corpo da estudante Fernanda Lages, o delegado James Guerra descarta a possibilidade de que a estudante tenha se lesionado sozinha. “Eu não posso afirmar que ela própria tenha se lesionado, o que as provas apresentam é que a ação pode ter ocorrido por terceiro, ou por ação de terceiro. No caso, não descartamos a possibilidade da vítima estar sendo perseguida e ter caído”, afirmou James Guerra.


Com os quatro vídeos que mostram a estudante Fernanda Lages passando por pontos da avenida Frei Serafim e os depoimentos dos vigias, a Polícia Civil pode constatar a hora aproximada da morte. “Já temos os vídeos que mostram Fernanda passando por pontos da avenida Frei Serafim e com os depoimentos já é possível determinar uma hora aproximada da morte da vítima, o que teria acontecido por volta das 5:40 da manhã. Da chegada de Fernanda até a subida dela ao mirante o tempo é de 4 minutos, o que consideramos um espaço de tempo muito curto, o que sugere que ela poderia estar correndo”, esclarece James Guerra.

Sobre os exames que ainda faltam chegar e que possivelmente irão esclarecer de quem era o sangue no local do crime, o delegado afirmou que até ter terça-feira estará recebendo esses dados.


Questionados sobre as divergências entre a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual, James Guerra esclareceu que todos os promotores que queiram acompanhar o caso são bem vindos. “Nenhuma das oposições feitas por nenhum lado, será levada em consideração. Tudo o que está nos autos foi produzido por nós, não existe nada alienígena no inquérito. Todos os promotores que quiserem acompanhar o “caso Fernanda Lages” serão muito bem vindos, estamos com uma sala na CICO para recebê-los, temos quase duas mil páginas só de gravações telefônicas, o inquérito já passou de 10 volumes e continuamos trabalhando para concluí-lo”.

O delegado James Guerra ainda agradeceu a contribuição da Polícia Federal, da Polícia Civil da Paraíba e dos familiares da vítima.

Da Redação
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