O serviço de Inteligência da Polícia Militar e Secretaria de Justiça estão à procura dos quinze presos que fugiram da Casa de Custódia na madrugada do último domingo (1º). Um dos fugitivos é considerado o mais perigoso Marcos Mikail Quinaglia, vulgo Gargamel, 1965, assaltante de banco e acusado de crimes em vários estados do país, como MG e RJ. 

De acordo com o capitão Denio Marinho, todos os presos do pavilhão C, em média de 140, são considerados de alta periculosidade e estão presos por crimes hediondos. Além de Gargamel, preso por roubo em Teresina, tem mandado de prisão em aberto por outros crimes em outros estados. “Todos são considerados perigosos. Por isso eles estavam em um único pavilhão, facilitando a fiscalização”, declarou.

A cela 11, na qual foi cavado o buraco de cerca de quatro metros de profundidade, estava vazia por estar próxima ao paredão. Segundo Marinho, os presos usaram uma chave estrela confeccionada com madeira para abrir os cadeados sem que estes fossem violados e trabalharam durante dois dias para cavar o buraco. “Fizemos vistoria no sábado pela manhã e os cadeados estavam intactos. Os agentes não entraram na cela 11 por ela estar isolada”, disse. 

Todas as 20 celas do pavilhão foram abertas com a chave, porém, apenas sete celas tiveram presos que fugiram. 

O secretário de Justiça, Henrique Rebelo, mandou instaurar um processo para apurar responsabilidades, já que a guarda externa deveria ter percebido a movimentação no pavilhão. “Vamos ver se houve negligência ou conivência”, destacou Dênio.

Atualmente, são 756 presos na Casa de Custódia que tem capacidade máxima de 336 detentos. O pavilhão C tem capacidade para um detento por cela, porém, com a superlotação, há cerca de onze detentos em cada cárcere. 

Os presidiários que ficaram não puderam tomar banho de sol ou receberão visitas hoje porque o buraco está sendo tapado.