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Gilberto Gil chora no Piauí e comete "gafe" no evento

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Gilberto Gil não aguentou a emoção e chorou hoje (23) em Teresina. Ao encerrar o seu discurso quando recebeu o título de cidadão teresinense, o ex-ministro cantarolou a música “A rua” de Torquato Neto e se derramou em lágrimas.

“Sem dúvida alguma não posso me referir ao Piauí e a Teresina sem falar nele: Torquato Neto. Eu tinha na época ginasial contatos com muitos piauienses, mas foi Torquato que intensificou esses laços”, afirmou Gilberto Gil, que depois informou que a canção “A rua” era especial para ele e para Torquato e por isso ficou emocionado. Mesmo com violão vermelho do lado, o cantor preferiu “cantar recitando” a música.
 

O cantor e compositor disse para o público no Cine Teatro – durante a solenidade – que o governador Wellington Dias (PT) lhe tocou o coração em seu discurso. Wellington Dias, que falou antes de Gil, disse que achava que o cantor “tinha nascido em Paes Landim (cidade natal do governador) pela canção Procissão. Da forma que se expressa parece que nasceu lá”, disse o governador.

Gil ressaltou que o depoimento do governador lhe emocionou e por “um minuto” ficou pensando na vida. “O que o governador se referiu me tocou, pois embora tenha nascido na Bahia, sou filho de muitas terras, e uma delas é essa aqui”, disse Gil.
 

GAFE
Famoso por suas saídas estratégicas, o ex-ministro mais uma vez se redimiu de uma gafe cometida na solenidade. Ao ler a ficha do cerimonial, Gil leu o nome errado do deputado Themístocles Filho, presidente da Assembléia Legislativa, que estava na mesa de honra. Ele ignorou o acento agudo e leu “Temistocles”, e alguém da platéia corrigiu brincando, pedindo para ele colocar o óculos. Ele retrucou:

“Não é problema de óculos. O problema não é esse, a letra até é que está grande e a miopia natural da alma de alguém em que a idade está chegando. E esse tropeço não tem significação. Não precisa temer o Themístocles”, disse causando risada na platéia.

 
Veja a música lembrada por Gilberto Gil
 
A Rua
Composição: Torquato Neto e Gilberto Gil

Toda rua tem seu curso
Tem seu leito de água clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba
De uma rua, de uma rua
Eu lembro agora
Que o tempo, ninguém mais
Ninguém mais canta
Muito embora de cirandas
(Oi, de cirandas)
E de meninos correndo
Atrás de bandas
Atrás de bandas que passavam
Como o rio Parnaíba
Rio manso
Passava no fim da rua
E molhava seus Lajedos
Onde a noite refletia
O brilho manso
O tempo claro da lua
Ê, São João, é, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Ê, Parnaíba passando
Separando a minha rua
Das outras, do Maranhão
De longe pensando nela
Meu coração de menino
Bate forte como um sino
Que anuncia procissão
Ê, minha rua, meu povo
Ê, gente que mal nasceu
Das Dores, que morreu cedo
Luzia, que se perdeu
Macapreto, Zê Velhinho
Esse menino crescido
Que tem o peito ferido
Anda vivo, não morreu

Ê, Pacatuba
Meu tempo de brincar já foi-se embora
Ê, Parnaíba
Passando pela rua até agora
Agora por aqui estou com vontade
E eu volto pra matar esta saudade
Ê, São João, é, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão.
 

 
Flash Yala Sena (Direto da Alepi)
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