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Avenida Frei Serafim é fechada por duas vezes em nova manifestação

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Atualizada às 20h35

Um grupo de manifestantes criou tumulto e tentou apedrejar o Palácio do Karnak na noite desta sexta-feira. A polícia reforçou o local já que os manifestantes incitavam os policiais de plantão. Cerca de 80 pessoas jogaram pedras em direção ao Karnak. Até o final da noite, ninguém ficou ferido. Após o fim do protesto na Frei Serafim, o grupo não aceitou o termino do movimento e resolveram descer para a igreja São Benedito e Palácio de Karnak. Com o reforço de segurança, o grupo se intimidou com o vandalismo. 


Geísa Chaves/Cidadeverde.com


O segundo dia de protestos em Teresina (PI) terminou com manifestantes sentados na avenida Frei Serafim, no cruzamento com a rua Coelho de Resende, para discutir a pauta de reivindicações. A única certeza é que outro ato foi marcado para a próxima segunda-feira (24), a partir de 15h, também no Centro da capital.

Manifestantes discutiram temas que iam além do transporte público, como melhor estruturação das instituições de ensino superior, meia passagem interestadual e recursos para combater a seca. Temendo reajuste, um grupo insistia que o movimento precisava focar a tarifa do transporte, além da cobrança da licitação das linhas de ônibus. 

Com cerca de mil manifestantes, o protesto começou às 16h30, fechou a avenida Frei Serafim, seguiu até o Palácio de Karnak, sede do Governo, e voltou para bloquear a avenida Miguel Rosa. Mais tarde, já em menor número, o grupo voltou para a Frei Serafim, de onde só se dispersou à noite. Não foram registrados incidentes graves. 

A Assembleia Legislativa, que seria visitada pelo grupo, acabou ficando fora do roteiro pelo segundo dia seguido. 

Atualizada às 18h31
Ao chegar no cruzamento da avenida Miguel Rosa com a rua Pires de Castro, o movimento se dividiu. Parte pretendia voltar para a Frei Serafim e outros queriam seguir em frente. No final, decidiram retornar em direção ao Centro de Teresina (PI), voltando a fechar a Frei Serafim. O número de manifestantes ficou reduzido.

Yala Sena/Cidadeverde.com

O comandante de policiamento da capital, coronel Alberto Menezes, ficou no meio da pista com outros policiais militares para tentar impedir atos de vandalismo. Alguns manifestantes chegaram a cercar o carro de uma emissora de TV, mas não danificaram o veículo. Enquanto queimavam papelões na pista, os autores do ato reclamavam com da imprensa e pediam para que fotógrafos baixassem suas máquinas.

No caminho de volta, sacos de lixos foram rasgados na rua Pires de Castro, inclusive com material de clínicas, como máscaras e luvas. 


Atualizada às 17h57
A Polícia Militar fechou a avenida Frei Serafim, centro de Teresina (PI), após o início de um novo protesto promovido por estudantes da capital na tarde desta sexta-feira (21). Com isso, a manifestação decidiu mudar de rota e ocupou a avenida Miguel Rosa, em direção a zona Sul.

"A-ha! U-hu! A zona Sul é nossa!", era o grito dos manifestantes, convocando as pessoas a participarem do ato ocupando a via. Em número muito menor que os 15 mil de ontem (a polícia estima mil pessoas hoje), eles afirmam que irão também fechar vias nas zonas Sudeste e Leste da capital. 


Há uma divergência no movimento em relação a participação de lideranças de partidos e do DCE da UFPI. O estudante de Direito da Faete, Roberto Allen, pegou o microfone e afirmou que não aceita esses grupos. Segundo ele, o movimento é "contra a corrupção e roubalheira" e não aceita partido. 

Um grupo de pessoas, cobrindo os rostos, corre pela rua com o carrinho de supermercado e usou papelões para atear fogo e fechar a Miguel Rosa ao lado do Corpo de Bombeiros. Eles também começaram a depredar um ponto de ônibus, sendo repreendidos por outros manifestantes, que ergueram a bandeira do Piauí e disseram: "Agora apedreja!". Os dois lados passaram a trocar ofensas. 


Atualizada às 17h26min
Os manifestantes fecharam o trecho da avenida Frei Serafim que vai do Hospital Getúlio Vargas ao Hiper Bom Preço. Eles cobram a redução da tarifa do transporte público de R$ 2,10 para R$ 1,75, valor defendido pelo Ministério Público desde o reajuste da tarifa para R$ 1,90. Oito carros da Polícia Militar acompanham o ato.

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Leondidas Freire, do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Piauí (DCE/UFPI), fez um discurso e condenou atos de vandalismo. Ele alertou os colegas sobre a morte de um manifestante ontem no interior de São Paulo. Além disso, pediu respeito aos partidos e a liberdade de expressão. "Hoje o nosso inimigo é o Estado", disse.


Atualizada às 17h20
O major José Soares, coordenador de gerenciamento de crises da PM, acompanha o protesto. Ele declarou que a PM fez uma solicitação aos manifestantes que ocupassem somente um lado da avenida Frei Serafim. 

"A princípio, a participação da PM é de apoio à manifestação. Mas pedimos para que os manifestantes interditem apenas uma via da Frei Serafim porque, como não houve um comunicado, nós precisamos organizar a manifestação para que possamos assegurar não só o direito dos manifestantes, mas dos cidadãos, que tem o direito de ir e vir", declarou.


Os manifestantes afirmaram que não recuarão. A estudante Yara Silva, 18 anos, declarou que "Aqui ninguém me representa. Cada um representa as suas próprias reivindicações. Não podemos exigir que os manifestantes saiam das duas vias da Frei Serafim", disse.

Ainda segundo a estudante, ontem um grupo que se disse líderes do movimento deixaram a entender que os manifestantes não tinham pauta para reivindicar. "Esse manifesto de hoje não vai ser tratado como uma Caminhada da Fraternidade, mas como um ato que tem pautas".

A principal reivindicação do manifesto de hoje são redução da tarifa do transporte, avaliação das PECs 33 e 37, e melhorias para educação e saúde.


Atualizada às 16h57
Um grupo de manifestantes fechou a avenida Frei Serafim por volta de 16h30 desta sexta-feira (21). O ato começou com cerca de 70 pessoas concentradas na praça do Fripisa, Centro de Teresina (PI), número que subiu para 150. Em caminhada, eles pararam no cruzamento com a rua Coelho de Resende, fechando o trânsito.  

O evento não foi organizado pelo mesmo grupo que reuniu cerca de 15 mil pessoas nas ruas da capital ontem. O Roberto Allen, estudante de Direito da Faet, contou ao Cidadeverde.com que convidou amigos para manterem ativos os protestos em Teresina. A intenção inicial do grupo é ir para o Palácio de Karnak, sede do Governo, e depois a Assembleia Legislativa. 

Com cartazes e caras pintadas, os manifestantes seguiram em direção ao Karnak sob os gritos de "vamos ao manto dos ladrões". O grupo reivindica redução da tarifa de transporte público e passe livre para estudantes da escola pública. Cinco policiais militares acompanhavam a passeata no seu início, mas quatro viaturas e motoqueiros chegaram em seguida.
  

A Frei Serafim foi fechada pelos manifestantes, que realizaram caminhada até a Assembleia Legislativa. A via foi interditada primeiro no sentido Centro - Zona Leste, mas alguns estudantes tentaram fechar o outro lado da avenida. Os ônibus e outros veículos já evitam o trecho. 

Ao ouvir bombas de festas juninas serem estouradas, os líderes da passeata pedem que os artefatos deixem de ser utilizados. 

Artur Gomes, administrador de empresas, explicou que o protesto em Teresina ocorre por indignação contra os problemas do Piauí, apesar de ser motivado pelos atos ocorridos em outros estados. Segundo ele, é preciso reivindicar direitos "porque do jeito que as coisas estão não pode continuar". 


Programado com mais antecedência, um outro protesto, na última quinta-feira, chegou a definir rota com a Polícia Militar, mas fugiu do roteiro programado. Por conta própria, manifestantes seguiram destinos diversos, fechando as avenidas Maranhão e Raul Lopes. Um novo ato chegou a ser marcado para 16h e depois antecipado para 8h de hoje, mas acabou não acontecendo. 


Em 2011 e 2012, Teresina vivenciou protestos semelhantes, mas com uma pauta definida: impedir o reajuste da tarifa de ônibus da capital. No ano passado, a Frei Serafim foi fechada por duas semanas e, apesar da passagem subir de R$ 1,90 para R$ 2,10, o movimento conseguiu fazer com que a integração das linhas começasse a ser implantada.
 


Geísa Chaves e Yala Sena (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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