O diretor-geral do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Carlos Iglesias, afirmou que o hospital pode ter um prejuízo de R$ 9 milhões caso o pronto-socorro volte a funcionar no local. A declaração foi dada pouco antes da visita do novo secretário estadual de Saúde, Mirócles Veras, na tarde desta terça-feira (8).
Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
A ida do secretário ao HGV faz parte de uma série de visitas a unidades de saúde na tentativa de encontrar soluções para desafogar o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Para Iglesias, a proposta é tecnicamente problemática. No espaço onde o pronto-socorro funcionava até 2008 foi criado um centro de diagnóstico e tratamento, com endoscopia digestiva, atendimento de especialidades e ainda há previsão de uma futura UTI com 10 leitos.
"Existem outras alternativas mais viáveis e mais econômicas. Onde funcionava o pronto-socorro já houve investimento do Ministério da Saúde em torno de R$ 9 milhões. Foram R$ 5 milhões em obras físicas, R$ 2,6 milhões em ressonância magnética e R$ 1,6 milhões em equipamentos em hemodinâmica", afirma o diretor.
Carlos Iglesias ainda afirma que o hospital não está ocioso. Segundo ele, a lotação do HGV está quase 100%, o que só não ocorre porque oito enfermarias estão funcionando como isolamento - pessoas ocupam uma única enfermaria por estarem com germes multirresistentes que podem contaminar outros pacientes.
Hoje o HGV conta com 316 leitos e faz 150 cirurgias por mês. Em 2013, o hospital recebeu 1.574 pacientes do HUT. Neste ano, já foram 437.
Outra proposta
Carlos Iglesias propôs uma alternativa a uma proposta apresentada pelo governador Moraes Souza Filho (PMDB), o arrendamento de hospitais privados. Para o diretor do HGV, o governo poderia ocupar um hospital municipal e fazer seu gerenciamento para dar resolutividade ao local.
Yala Sena (flash)
Fábio Lima (Da Redação)