Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com


Um homem foi preso no final da tarde desta quinta-feira (6) em flagrante, acusado de tentar extorquir o cirurgião plástico Raimundo José Martins de Sousa, o Bibita. Câmeras escondidas instaladas pela Polícia Civil gravaram mais de uma hora de conversa, que comprovaria o crime. Raimundo Clécio Falcão Graça, 58 anos, foi preso depois de receber dinheiro prometendo garantir decisão favorável ao médico no Tribunal de Justiça.

O acusado foi levado para a Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO. O delegado Danilo Melo lavrou a prisão em flagrante no início da noite e confirmou a denúncia. "O vídeo mostra ele (Clécio) solicitando quantias em dinheiro em troca de ajuizar decisões no Tribunal de Justiça", informou ao Cidadeverde.com. 

Depois de gravar mais de uma hora de conversas, por volta de 17h a polícia entrou no escritório do médico, no Centro de Teresina, e decretou a prisão de Raimundo Clécio, sob acusação de crime de exploração de prestígio. Outros policiais testemunharam o flagrante. 

Segundo o delegado, o valor exigido pelo acusado era de R$ 12 mil. Durante a gravação, foram entregues R$ 4 mil. Outros R$ 2 mil seriam pagos posteriormente, e os demais R$ 6 mil quando o resultado estivesse garantido. Para comprovar a entrega do dinheiro, o médico fotografou todas as notas entregues ao acusado.

Danilo Melo informou que ainda não se sabe de antecedentes criminais de Raimundo Clécio. Também não chegaram até a CICO informações sobre outras pessoas que tenham sido vítimas de extorsão semelhante. O acusado admitiu ser um rábula, pessoa que exerce a advocacia sem ser advogado ou ter registro na Ordem dos Advogados do Brasil. "Informalmente, ele falou que fazia petições e outra pessoa assinava", disse o delegado.

Os delegados Carlos César Camelo, presidente em exercício da CICO, e Danilo Melo concederam entrevista por volta de 20h. Eles informaram que o médico procurou a polícia hoje, informando ser vítima de um rapaz que prometia o ajudar com uma ação no Tribunal de Justiça, e dizia ter prestídio junto a desembargadores. A CICO não citou nomes de magistrados, pois o material ainda está sendo analisado e o caso investigado. Raimundo Clécio pode ter usado nomes sem que os mesmos soubessem.