A proprietária do apartamento alugado ao compositor João Gilberto, a condessa Georgina Maria Faucigny Lucinge Brandolini D’Adda, entrou com ação de despejo contra o inquilino famoso devido ao desgaste emocional que tem para resolver questões relacionadas ao imóvel. A informação é do escritório de advocacia Motta Mendes, que representa a condessa. A disputa judicial foi revelada, ontem, com exclusividade, pelo colunista Bruno Astuto. O processo em que o compositor aparece como réu está na 24ª Vara Cível (0005126 -43.2011.8.19.0001).

Segundo informações do escritório, a condessa tentou acordo amigável com João Gilberto antes de entrar com a ação. O luxuoso apartamento fica na Rua General Urquiza, no Leblon, e o valor do aluguel é em torno de R$ 8 mil por mês, mais o condomínio.

“Foi um calvário em que nossa cliente teve que empreender todo sua tolerância frente à arrogância”, disse o advogado e sócio do Motta Mendes, Paulo Roberto Moreira Mendes.

REPARO NAS JANELAS

Um dos momentos que teria causado maior estresse à condessa foi quando precisou fazer reparos em janelas cujas estruturas ameaçavam cair. “Ela teve que negociar a entrada de pessoas que iriam fazer o conserto. Enfim, se submeter a todo tipo de capricho”, explicou Mendes.

O imóvel é ocupado por João Gilberto há 15 anos. Encerrado o prazo da primeira locação, a proprietária aceitou renová-lo. O último aditamento do contrato foi em 1º de julho de 2005, por 5 anos. Desde então, ela tenta reaver a propriedade.

Na ação de despejo, a defesa argumenta que a cliente “não possui mais interesse em prosseguir com a locação (...) e, por diversas vezes, entrou em contato com o réu e seu representante para que houvesse a desocupação do imóvel de forma amigável”. A causa é avaliada em R$ 84 mil. Se condenado, o músico pode ser obrigado a pagar 20% das custas do processo. O DIA não conseguiu contato com João Gilberto.



Fonte: O Dia Online