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LGBTs querem ajuda da Alepi para barrar extinção de coordenadoria

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Representantes do Grupo Matizes e da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) vão à Assembleia Legislativa do Piauí nesta quarta (1º) para conversar com deputados sobre a reforma administrativa do Estado, enviada ontem pelo Governador Wilson Martins. Segundo eles, o novo desenho da máquina acaba com órgãos que trabalham com políticas afirmativas para grupos discriminados como mulheres, negros e LGBT.


“Ontem conversamos com alguns deputados, fomos a alguns gabinetes e hoje estamos voltando. Queremos mostrar que a reforma é uma farsa, discurso de enxugamento da máquina não se configurou e estamos vendo o retrocesso”, diz a coordenadora do Matizes e integrante da LBL, Marinalva Santana.


Ela afirma ainda que os grupos LGBT apóiam a reforma, mas querem que estes que defendem seus direitos sejam mantidos. “Ninguém em sã consciência é contra uma reforma que dinamize o serviço público, mas governo do Piauí está na contramão da história. Enquanto em nível federal se ampliam as estruturas governamentais para cuidar da política de direitos destes grupos, aqui se extinguem órgãos como a Coordenadoria de Direitos Humanos", pontua.

 

O grupo Matizes e a LBL também tentam convencer parlamentares a requererem uma Audiência Pública para discutir a reforma administrativa, na qual pretendem registrar sua  insatisfação com o que, em nota, chamam de “funcionamento precário e insatisfatório dos órgãos hoje existentes”.



“O governador se baseia muito no modelo de Pernambuco. Pois queremos mostrar o contraste que está existindo. Lá, a exemplo do governo Lula, tem uma secretaria para mulheres, secretaria de Juventude, dos Direitos Humanos e uma coordenadoria de liberdade sexual e direitos LGBT. Aqui ele faz é extinguir os órgãos que tratam destas políticas públicas. Um Estado não pode ser eficiente se não der resposta a violência contra as mulheres, LGBT, pessoas negras ou com deficiências”, finaliza Marinalva.




Da Redação
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