A detenta Anastácia Batista da Silva, grávida de três meses que morreu na madrugada de segunda-feira (14) após passar mal na Penitenciária Feminina, havia sido presa em janeiro deste ano, por roubar frascos de xampu e desodorante em lojas de Parnaíba, litoral do Piauí.
Na época, o delegado titular da delegacia de Luís Correia informou que Anastácia e outras duas acusadas eram ciganas e já tinham passagens por furtos. "Elas entram em lojas e enquanto uma distrai o vendedor, as outras duas escondem desodorantes, xampus, calcinhas, sutiãs, pequenas coisas, nas bolsas ou na roupa”, contou o delegado, ao Cidadeverde.com.
Ontem, o superintendente do serviço presidiário, Wellington Rodrigues, informou que a detenta passou mal por volta de meia noite de domingo para segunda e houve demora no atendimento do Samu. Anastácia morreu ao chegar na maternidade do bairro Promorar, zona Sul.
"Ligamos para o Samu, porém o serviço demorou muito. Então levamos a detenta dentro de uma viatura que estava a disposição. Ainda não sabemos a causa da morte, mas a secretária (Ana Paula) que será aberta uma sindicância para investigar", declarou o superintendente.
Nove detentas lideraram um movimento para se rebelarem contra a morte da colega, que havia sido transferida do presídio de Parnaíba para Teresina como medida disciplinar.
Jordana Cury