No segundo bloco do debate da TV Cidade Verde, candidato pergunta para candidato. O clima esquentou entre Beto Rego (PSB) e Maklandel Aquino (PSOL) que conseguiu direito de resposta. 

Quem iniciou o bloco foi Vasconcelo Pinheiro (PCB) que questionou Maklandel Aquino (PSOL) sobre suas políticas para a habitação. “A situação em Teresina é precária por falta de infraestrutura como água, luz, saneamento e pavimentação. A população está preocupada com essa situação e a prefeitura criou uma secretaria mas não tomou providências o que nos leva a crer que só cria secretarias para servir de cabide político. Vamos criar um fundo para financiar habitações populares e um banco para material de construção”, respondeu Maklandel. Vasconcelo replicou que o déficit habitacional é grande e é preciso impedir que pessoas que já tenham casa sejam beneficiadas pelas políticas como Minha Casa, Minha Vida. O candidato do PSOL concluiu dizendo que pretende fazer um cadastro dos sem-teto da capital e dar-lhes uma habitação. 

A próxima pergunta foi feita por Maklandel ao candidato Beto Rego. “Qual sua opinião sobre os gastos de R$ 10 milhões da prefeitura com Comunicação?”. Beto respondeu que os gastos são muito altos e visam apenas a autopromoção enquanto na periferia o poder público não atua. Maklandel afirmou que também condena os gastos e que quer resgatar a cidadania e a dignidade da população. Ele ainda criticou Beto ao afirmar que o apresentador tripudiou e destratou a geração dos jovens que, ao seu ver, foram vítimas durante protestos como o que solicitava a redução do preço da tarifa de ônibus. O candidato do PSB reagiu com ironia: “a nossa comunicação sempre lutou pelas políticas públicas. Talvez o candidato tenha meio tantã. A geração a que me refiro não é a geração dos jovens que têm um exuberante rabo de cavalo”. Maklandel solicitou pedido de resposta, que foi concedido pelos advogados. “Eu tenho rabo de cavalo, mas não tenho o rabo preso. A população dos jovens foi violentada nos seus direitos na defesa daquilo que é publico”, criticou. Beto solicitou pedido de resposta que foi negado.

Em seguida Beto perguntou para Elmano Férrer (PTB), mas antes disso, declarou que Maklandel pertenceu “sempre movimentos que promovem badernas” em seguida fez seu questionamento sobre emprego e renda. O candidato à reeleição diz que não tem preconceito em relação a empresas sejam elas micro, pequena, média ou grande. “Vamos investir nos dois pólos empresariais para que as empresas encontrem um pólo em condições e vamos reformar a lei de incentivos fiscais”, afirmou. Beto disse Teresina tem grupos políticos e empresariais que não permitem entrada de novos empreendimentos. “Um curral que se fechou e faz o que quiser”, comparou. Férrer afirmou que Beto é “o candidato do governador faz crítica ao próprio estado” e geração de emprego se dá ao atrair novas empresas. 

Em seguida, Elmano perguntou a Firmino Filho (PSDB) que política ele pretende adotar para captar recursos. O tucano disse que pretende buscar dinheiro onde tiver para garantir mais investimentos em água e novas avenidas como uma que irá da Barão Castelo Branco até Pólo Industrial. “Com raça e trabalho vamos fazer muito mais”, garantiu. Elmano afirmou que todas as obras que constam no projeto de Firmino já estão com recursos garantidos e que estas verbas foram conseguidas na atual administração. Firmino rebateu afirmando que foi durante sua gestão que a prefeitura conseguiu o empréstimo com o BNDES que garantiu o projeto Lagoas do Norte. 

Depois foi a vez de Firmino Filho perguntar a Daniel Solon (PSTU) que obras ele pretende realizar na Santa Maria da Codipi. Solon começou dizendo que há uma falsa polarização entre o atual e o ex-prefeito. “Se quiséssemos dava para fazer um filme de terror ‘Eu sei o que fizeram na administração passada’ só com a sonegação de impostos por parte das grandes empresas. Esse dinheiro faz falta nas empresas na Santa Maria. Upas, saneamento básico. Vamos acabar com a isenção aos empresários para garantir a passagem de ônibus a R$ 1,70 e o passe livre para estudantes e desempregados”, pontuou. O tucano afirmou que irá cobrar da Agespisa a conclusão da estação de tratamento na região da Santa Maria, instalar um centro cirúrgico e maternidade no hospital do bairro. Daniel treplicou dizendo não dá pra governar para todos e Firmino não tem interesse em governar para os pobres. 

Daniel Solon pergunta ao petista Wellington Dias o que ele pretende fazer pelo meio ambiente da cidade. O ex-governador apontou que as invasões também prejudicam o meio ambiente e alfinetou Firmino ao afirmar que durante a gestão do tucano havia 80 áreas irregulares e hoje são 297. “Por isso a cidade ocupa o que era riacho e área de proteção”. “Durante o despejo do Alto da Felicidade o Governo do Estado, sob sua administração, foi truculento. Não dá para acreditar que o senhor vá fazer a regularização fundiária. Governo que o senhor participou recebeu vários prêmios motosserra. O secretário de meio ambiente da sua gestão e que permanece garante que empresas criem carvoarias”, registrou Daniel.  Dias respondeu que a política ambiental que algo que ele tem como compromisso e o despejo das famílias referidas foi uma ordem judicial. 

No último questionamento do bloco, Wellington Dias perguntou a Vasconcelo como resolver a diferença que há entre a Teresina rica e a Teresina pobre. “Quando nós andamos pela cidade percebemos que o Jóquei é a Europa e a Santa Maria como se fosse o terceiro mundo. Precisamos retirar Teresina da mão dos empresários e da politicagem e dar de volta ao povo. Despertar a população através de Conselhos Populares. O pobre não tem educação, saúde ou emprego decente”, respondeu o comunista. Wellington Dias disse que visitou a Cerâmica Cil onde as pessoas esperam há 20 anos por uma pequena ponte. “Tem que ter compromisso”, afirma. Vasconcelo afirma que a política da prefeitura é levar aos locais pobres uma delegacia de polícia ao invés de educação, saúde e saneamento.