O deputado federal Marcelo Castro esteve nesta segunda-feira (05) no programa Jornal do Piauí e declarou que realmente abriu um processo contra o promotor Eliardo Cabral por danos morais e promete doar cestas básicas a igreja do jurista para cada verdade por ele dita que for comprovada pela Polícia Federal, no inquérito que investiga a morte da estudante Fernanda Lages. 

 

O parlamentar confirmou o processo que abriu contra o promotor Eliardo Cabral por danos morais. “Nós vivemos em mundo democrático, mas que existem leis. Senti-me ofendido, caluniado por isso recorri à justiça e ela irá dizer se tenho esse direito”, diz Marcelo Castro.

 

Segundo Marcelo Castro, o promotor Eliardo Cabral, durante dois meses de investigação, concedeu mais de 150 entrevistas. “Tudo que ele falou de mim saiu da cabeça dele, disse que tinha o nome de três envolvidos no caso porque ele não entregou esses nomes a PF?”, questionou o deputado.

 

Na entrevista, Marcelo Castro lembrou que o promotor ressaltava aos quatro cantos que a morte de Fernanda Lages, em agosto do ano passado, tinha o envolvimento de um “figurão do PMDB que havia colocado uma garrafa plástica na vagina de Fernanda”, disse.

 

“Quando a PF concluir o inquérito para cada verdade que o promotor possa ter falado vou doar 50 cestas básicas para a igreja dele, pois sabemos que a igreja gosta de ajudar e não só de arrecadar. Ele passou dois meses dando declarações e não falou uma verdade”, confirmou o deputado.

 

Marcelo Castro declarou que não tem dúvida de que é necessária a divisão igualitária dos royalties. “Durante a última reunião realizada ficamos sabendo que a cidade de São José dos Campos (SP) arrecadou mais de R$ 1 milhão ano passado, isso é um absurdo”, diz.

 

Na segunda semana do mês de março, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), irá se reunir com 13 governadores e seis vices para colocar em pauta a votação da divisão dos royalties.

 

“Uma possível comissão partidária será composta por mim Marcelo Castro (PMDB), e os deputados Júlio César (PSD) e Osmar Júnior (PC do B) para reforçar a divisão igualitária dos recursos advindos do petróleo”, ressaltou.