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Marido de ex-prefeita é preso após conseguir adiar audiência

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A audiência para ouvir acusados da morte do ex-prefeiro de Redenção do Gurgueia, Joaquim Fonseca Santos, foi novamente adiada. Marcada para a manhã desta segunda-feira (12), ela não aconteceu em função da desistência do advogado Djalma Filho em defender Dilson Marques Fernandes (foto ao lado), acusado de ser mentor do crime ocorrido em abril de 1991. O juiz marcou nova data para o encontro, mas Dilson ficará preso até lá.

Dilson Fernandes é esposo de Eunice Macedo, vice-prefeita que tomou posse com a morte de Joaquim Fonseca. Ele alegou que a nova advogada, Aline Pimentel, não teve tempo de acompanhar o processo. O juiz Jucelino Norberto da Silva Neto acolheu o argumento e marcou nova audiência para 7 de maio, mas determinou a prisão do acusado.

Após deixar o Fórum de Redenção do Gurgueia, 691 quilômetros ao sul de Teresina, Dilson Fernandes foi transferido para Bom Jesus. Depois, recambiado para a capital, com chegada prevista para o início da madrugada. Cerca de 10 pessoas deveriam ter sido ouvidas na audiência, sendo Dilson o primeiro. Com o adiamento, os demais também não foram ouvidos, inclusive Salvador de Neura, apontado como executor do crime.

Foi a terceira vez que Dilson Fernandes conseguiu adiar a audiência. O advogado de acusação Nestor Ximenes entendeu isso como nova manobra da defesa, mas não crê em mais atrasos. "Entendo que agora não há motivo para adiamento da audiência. artifícios sempre vão existir, mas o juiz sempre se mostrou uma pessoa com muito pulso", destacou. 


Só após a audiência, os acusados poderão ser julgados. Porém, se outros adiamentos acontecerem, o crime poderá prescrever. Joaquim Fonseca foi morto em seu sítio, distante dois quilômetros da zona urbana de Redenção, em 9 de abril de 1991. Pela legislação brasileira, passados 20 anos, os responsáveis pela morte podem ficar impunes. Pensando nisso, parentes se deslocaram de Teresina até o município para acompanharem a audiência e pedirem justiça. Entre eles a viúva Elita Fonseca.

O advogado da família já não acredita na prescrição. Nestor Ximenes explica que a pronúncia dos acusados, dizendo que os mesmos vão a júri, interrompe a prescrição. Desse ponto, o processo pode até ser protelado pela defesa, mas o julgamento deverá ocorrer. 

Yala Sena e Fábio Lima
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