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Moradores ribeirinhos temem novas enchentes no rio Parnaíba

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Moradores e comerciantes que vivem as margens do Rio Parnaíba estão apreensivos com a chegada de mais águas no rio após a abertura das comportas da Usina Boa Esperança.


Leito do rio Parnaíba já começa a encher.


Gonçalo Pedro de Oliveira, 67 anos, mora há 20 anos no bairro Poty Velho e diz que hoje as águas estão a menos de 10 metros de sua casa. Segundo ele já teve que sair cinco vezes de sua residência levando a família.

“Toda vez que sai de um alagamento foi de canoa. A pior foi em 2004. Eu já vivo preparado. Não posso sair daqui porque é meu ganha pão”, destaca seu Gonçalo que é proprietário de um bar no local e também é pescador.



Segundo Gonçalo, na enchente de 2004, ele passou três meses fora de casa. Mas todos os dias ia de canoa para dormir na residência. “Eu entrava em casa de canoa e me deitava na rede. Ficava com medo de roubarem minha coisas”, relembra.


O comerciante Reinaldo Bernardes, há cinco anos possui um quiosque no Parque Ambiental Encontro dos Rios. Este ano, ele está mais preocupado com os alagamentos na região, pois, de acordo com ele, o seu quiosque não será so alagado, mas também o corre o risco de ser levado pelas água. 



Usina de Boa Esperança.


“A ribanceira está caindo. Todos os anos a água leva um pouco e agora está bem perto do meu quiosque. Essa terra é muito frágil e o meu medo é de perder o meu negócio”, afirmou o comerciante.



Da janela de sua casa, a esposa de seu Francisco das Chagas Ferreira, vê o seu quintal ser alagado pelas águas do rio Parnaíba e disse que todos os anos nessa época não pode ir ao quintal onde possui plantações.

“A gente fica preocupado porque a gente fica mesmo. E quando a cheia chega a gente passa porque que tem que passar mesmo”, afirma Francisco das Chagas Ferreira.



Segundo o secretario municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Olídio Filho, a água que foi liberada pela Chesf não irá afetar as famílias diretamente. 

“O volume de água não transbordará o rio. Nós já estamos a disposição juntamente com a Semtcas e as SDUs para que qualquer problema com as famílias ribeirinhas sejam solucionados. Ainda não houve problemas com alagamentos porque cerca de 1.200 familias foram transferidas das áreas de riscos para residenciais feitos pela Prefeitura", afirmou o gestor. 




Flash de Caroline Oliveira
Redação de Lívio Galeno
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