Nesta segunda-feira (12), o Fórum de Redenção do Gurgueia, 691 quilômetros ao sul de Teresina, receberá audiência de um crime que pode ser prescrito em um ano. Envolvidos no caso da morte de Joaquim Fonseca Santos, ex-prefeito da cidade, serão ouvidos para que a Justiça possa indiciá-los. Se não houver julgamento até 9 de abril de 2011, quando o crime completa 20 anos, os responsáveis ficarão impunes.

Entre os acusados que serão ouvidos está Salvador de Neura, acusado de ser o executor do crime. Ele foi preso em novembro de 2008 na casa do juiz Osório Marques Bastos, detido por porte ilegal de armas e investigado em supostas ligações com o crime organizado. A polícia irá recambiá-lo de Bom Jesus para que o mesmo seja ouvido pela Justiça em Redenção do Gurgueia.

Ansiosa por Justiça, Joelita Santos, uma das filha do ex-prefeito, ainda está temerosa. "Se não acontecer esse julgamento até abril do ano que vem, os responsáveis ficarão impunes", disse.

Oito pessoas deverão ser ouvidas pelo juiz Juscelino Norberto da Silva Neto, entre testemunhas e acusados. Nas primeiras investigações, mais de 40 pessoas foram apontadas como suspeitos do crime, mas apenas quatro foram indiciados.

Joaquim Fonseca foi morto com um tiro nas costas em sua fazenda, distante dois quilômetros da zona urbana de Redenção do Gurgueia. A viúva, e também ex-prefeita Maria Elita Tavares Alencar Santos, já viajou para a cidade, onde deve acompanhar a audiência.

Fábio Lima
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