O advogado criminalista Nazareno Thé confirmou, durante entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (30), que foi procurado pelo engenheiro Jivago Castro para tratar de assuntos jurídicos. O engenheiro buscou assessoria sobre processo de danos morais.

“Há cerca de 4 dias eu recebi a visita de Jivago Castro no meu escritório. Ele me fez uma consulta sobre o que estão tentando fazer com ele. Falamos sobre processos de danos morais e materiais”, informou o bacharel.

Durante a consultoria, o engenheiro teria contado para Nazareno Thé que não conhecia a universitária Fernanda Lages e que o envolvimento no caso da morte da estudante está lhe trazendo prejuízos e desgaste emocional. 

“Isso tudo está afetando a vida dele. Ele tem família e quer reparação. Eu estive explicando como as coisas funcionam. Ficou dele nos procurar depois para que meu escritório possa agir em causa. Se ele me procurar, vou aceitar o caso”, disse Nazareno Thé.

O advogado analisou, ainda, a postura do Estado, através das declarações polêmicas do promotor público Eliardo Cabral e defende que o Ministério Público pode errar. Para Nazareno, “o cidadão está sempre em desvantagem contra o Estado”.

“Todo o poder tem um limite e todo o comportamento anti ético tem que ser reparado. Ele [Eliardo] é representante do Estado, mas o estado também erra e prejudica pessoas. O Ministério Público é um acusado sem limites, mas as vezes acusa sem ter base”, disse Thé.

O promotor Eliardo Cabral defende a tese de homicídio em consequência de queima de arquivo. O agente público também vem afirmando que pessoas importantes estaria envolvidas na morte da estudante de Direito Fernanda Lages.

 “Ele [Eliardo] está dizendo, mas alguém vai contradizê-lo e ele vai ter que provar. Acho que ele está sendo precipitado. Ele é um homem sério, ético, mas está na empolgação do caso. Acho que ele está equivocado”, opina o advogado Nazareno. 

O promotor Eliardo Cabral também participou do Jornal do Piauí e viu VT das declarações do advogado Nazareno Thé e respondeu. "Eu tive a impressão de que ele não estava se referindo a nós dois [promotores do caso] e sim ao Ministério Público do Brasil todo. Agora, me surpreende uma pessoa esclarecida como ele ter uma ira assim do MP. Eu achava que o MP era odiado só por bandidos, mas estou vendo que há outra classe que começou a nos odiar", respondeu.